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Plinio Corrêa de Oliveira
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16/02 – Santo Onésimo, Bispo e Mártir


No mais curto de seus escritos, dirigido a um cristão de Colossos chamado Filemon, o Apóstolo São Paulo fala desse Santo que era um escravo ainda pagão daquele senhor, e que, depois de um roubo, fugiu para Roma para não ser castigado. Lá encontrou São Paulo, que estava no cativeiro, e que o converteu. Nessa curta carta, o Apóstolo das Gentes pede a Filemon que seja indulgente para com seu escravo prevaricador.

Deve-se ter presente que havia no Império Romano, naquele tempo, muito mais escravos do que homens livres, em virtude das inúmeras guerras, que tornavam os vencidos, mesmo os de alta categoria, escravos dos vencedores. Segundo os costumes pagãos de então, todos eles perdiam seus direitos como criaturas humanas, passando a pertencer ao inventário da fortuna do proprietário a quem pertenciam, como um objeto ou um animal. Por isso não é de admirar que um escravo tenha se mostrado tão aberto à doutrina cristã que, depois de convertido, São Paulo o fez bispo.

À primeira vista pode parecer que não há nenhum interesse doutrinário nessa epístola, que é um mero bilhete de caráter particular. Mas, não é assim. Ele é um luminoso exemplo de como o insuperável São Paulo vivia sua doutrina até nos pequenos casos da vida. E é como que um reflexo do que ele escreve aos Gálatas, 3, 28: “Não há judeu ou grego, não há servo ou livre, não há varão ou mulher, porque todos sois um em Jesus Cristo”.

Assim, por ter Onésimo se tornado filho de Deus pelas águas regeneradoras do batismo, o Apóstolo o chama de irmão amado, e pede a Filemon que o acolha como a seu próprio coração, pois tornara-se seu discípulo e filho espiritual.

Onésimo é uma palavra grega que significa “útil”. A isso São Paulo faz alusão em seu escrito, jogando com o termo. Diz ele a Filemon: “Suplico-te por meu filho, a quem entre cadeias gerei, por Onésimo, que outrora te foi inútil, mas agora é muito útil para ti e para mim”.

O Martirológio Romano nos dá alguns dados do que sucedeu depois a esse ex-escravo: “Em Roma, o bem-aventurado Onésimo, a cujo respeito o apóstolo São Paulo escreveu a Filemon. O mesmo também o sagrou bispo de Éfeso, como sucessor de São Timóteo, e conferiu-lhe o ministério da pregação. Levado preso para Roma, Onésimo foi lapidado pela fé de Cristo, e teve ali sua primeira sepultura. Mais tarde, trasladaram-lhe o corpo de lá para o lugar de sua sagração episcopal”.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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