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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Boeing 777 da Malaysia Airlines: raio que mata, mas esclarece!


O Boeing 777, da Malaysia Airlines, derrubado por um míssil terra-ar da Rússia. Certamente atingido por um AS-11, míssil russo conhecido com Buk, que pode alvejar aviões a 22 mil metros de altitude.
O Boeing 777, da Malaysia Airlines, derrubado por um míssil terra-ar da Rússia. Certamente atingido por um AS-11, míssil russo conhecido com Buk, que pode alvejar aviões a 22 mil metros de altitude.

derrubada do Boeing 777 da Malaysia Airlines por um míssil russo, no dia 17 último, traz à memoria uma inevitável recordação de setembro de 1983: a trágica derrubada do jumbo sul-coreano da Korean Air Lines atingido por um caça soviético, matando 269 passageiros. Naquela ocasião a Sociedade Norte-Americana de Defesa da Tradição Família e Propriedade (TFP) lançou um manifesto com o título “Jumbo sul-coreano: raio que mata, mas esclarece!”. Sua tradução foi publicada na revista Catolicismo, Nº 393, Setembro/1983.

 

Destroços do boeing da Malaysia Airlines misturados com corpos de passageiros
Destroços do boeing da Malaysia Airlines misturados com corpos de passageiros.

Nos presentes dias, tal manifesto, mutatis mutandis, aplica-se ao atual crime cometido contra o avião malaio numa região ucraniana, controlada de certo modo por milicianos separatistas pró-Russia, fortemente armados por esse país — ato covarde que matou 298 civis, entre os quais 60 crianças!

Atualmente a mídia tem publicado notícias que revelam o plano da Rússia de expandir sua influência, e mesmo seu domínio, sobre nações sul-americanas, inclusive o Brasil, onde isso já se faz notar. Memento 1: a recente visita de Vladimir Putin a nosso País… Memento 2: a pobre Crimeia que já sente o peso da dominação russa.

Que, ao menos, sirva-nos de lição a derrubada criminosa do Boeing 777 da Malásia e que o Ocidente não capitule frente às investidas da Rússia e saiba reagir enquanto é tempo. Para servir de alerta nesse sentido, transcrevo abaixo alguns trechos do aludido manifesto da TFP norte-americana, que distribuiu só em Nova York 120 mil cópias desse documento intitulado “Jumbo sul-coreano: raio que mata, mas esclarece”.

Foto do presidente russo Vladimir Putin, durante uma entrevista a jornalistas em Brasília, em 16 de julho
Foto do presidente russo Vladimir Putin, durante uma entrevista a jornalistas em Brasília, em 16 de julho.

“O crime perpetrado [em 2 de setembro 1983] por um avião de caça soviético contra o jumbo sul-coreano produziu no povo norte-americano o efeito de um raio noturno: matou infelizmente a vários, mas — precisamente como fazem tais raios — iluminou com uma claridade terrível um panorama então coberto de densas trevas.

“Densas trevas, sim, que há anos vêm toldando progressivamente os horizontes de nossa política externa, com óbvios reflexos sobre nossa política interna. E com prejuízo inestimável para toda a Nação.

Três das crianças mortas no vôo MH17, de 17 de julho, da Malaysia Airlines
Três das crianças mortas no vôo MH17, de 17 de julho, da Malaysia Airlines

Coreia-do-Sul-Seul-227x300“Convém que a realidade assim posta em evidência com o fulgor irresistível, mas tão transitório, de um raio, não seja esquecida pela nossa opinião pública. Lembrem-se sempre da tragédia. […] O fato tragicamente noticiado pelos meios de comunicação social contém para nós uma lição esclarecedora, a indicar por muitos anos o rumo de nossas cogitações e de nossas atitudes políticas. […]

“O crime, como um raio mortífero, mas esclarecedor, nos faz ver o que há de falacioso no mito da ‘psicodulcificação’ dos soviéticos. Ficou claro que os homens que tenham preferido ficar vermelhos a morrer, cairão nas mãos dos verdugos opressores do Vietnã, dos artífices no Cambodge”.

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Paulo Roberto Campos

Paulo Roberto Campos

214 artigos

Jornalista (MTB 83.371/SP), colabora voluntariamente com a Revista "CATOLICISMO" (mensário de Cultura e Atualidades) e com a "ABIM" (Agência Boa Imprensa).

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