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Plinio Corrêa de Oliveira
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Charadas da “religião verde”: reforma agrária socialista pode desmatar, produtores privados não!


Se for produtor rural, “verdes” gritam crime!, pelo mundo todo.
Se for assentamento, agem como se nada fosse

Luis Dufaur

Os assentamentos de reforma agrária figuravam havia mais de dois anos no topo da lista dos maiores desmatadores das florestas do país.

Mas, agora, um levantamento encomendado pelo jornal carioca “O Globo” constatou outra assustadora desordem: só 21% dos 8.763 assentamentos da reforma agrária brasileira têm licença ambiental.

Em outros termos, quatro em cada cinco assentamentos do INCRA estão na ilegalidade e nessas áreas também podem estar ocorrendo crimes ambientais, segundo o jornal.

Para o IBAMA, parte significativa dos crimes ambientais na Amazônia ocorre dentro dos assentamentos do governo federal. Em 2010, dos 1.326 autos de infração lavrados por desmatamento, 18,5% ocorreram nas áreas do governo onde funciona ‒ ou deveria funcionar ‒ a reforma agrária.

“Verdes” só fazem campanha contra o progresso da lavoura brasileira

A reportagem acrescenta que em setembro de 2008, segundo o Ministério do Meio Ambiente o INCRA reinava nas seis primeiras posições da lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia.

O órgão foi autuado pela destruição de 292.070 hectares de floresta em oito assentamentos.

Entre os crimes cometidos estavam a ausência de licença ambiental, a retirada de vegetação nativa sem autorização do IBAMA e das secretarias estaduais e o de impedir que matas primárias se regenerassem, escreveu “O Globo”.

Os então ministros do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o presidente do INCRA, Rolf Hackbart alegaram que a lista do IBAMA continha erros crassos.

Ministro Minc em assentamento desmatador, Goiás, Cerrado

O então presidente Lula ordenou uma auditoria para checar os dados. O resultado, porém, foi mais grave para os assentamentos da reforma agrária. Estes, na realidade tinham cometido 18% mais desmatamentos que o constatado inicialmente.

A reportagem suscita uma reflexão óbvia: por que a propaganda verde, no Brasil e no mundo, tão contrária à iniciativa privada, quando se trata de desmatamento, não faz uma denúncia equânime dos maiores “criminosos ambientais” da Amazônia?

A resposta, porém, salta aos olhos: a afinidade ideológica entre o socialismo utópico e anticapitalista do movimento verde e do socialismo ‒ também utópico ‒, da reforma agrária socialista e confiscatória brasileira.

Fóro Social Mundial contra a propriedade privada.
Na realidade, a Amazônia precisa ser salva do “socialismo verde”

Em nome da utopia comum, “verdes” e revolucionários agraristas fazem vistas grossas para aquilo que segundo eles é um dos piores crimes contra o planeta.

Assim o qualificam quando os acusados ‒ verdadeiramente ou falsamente, aí pouco importa ‒ são cidadãos que procuram expandir a lavoura brasileira e adquirirem justa e merecidamente propriedades privadas para eles e suas famílias, beneficiando regiões empobrecidas e o próprio País.

Mas, se forem colegas de utopia “sem-terra”, “índios”, “quilombolas”, “afetados pelas barragens” ou amigos dos teólogos da libertação vale tudo, e os “zelotas do planeta” fingem não perceber.

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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