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Plinio Corrêa de Oliveira
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Estaremos no pórtico do reino do demônio?


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Circulando pela cidade ontem, dia de finados, portanto dia em que se respeitam e homenageiam os mortos, os cemitérios se enchem de pessoas que vão rezar pelos seus entes queridos já falecidos, cujas almas podem estar no purgatório, e também, é inevitável, pensar um pouco no futuro: “um dia virei também para aqui”.

Diante da sepultura da família surge do fundo da consciência um movimento bom: “preciso ter minha alma preparada”. A meditação faz pensar ainda no prêmio dos justos e no castigo dos pecadores, daí a formulação de bons propósitos. Todos os que têm fé desejam ir para o céu e não se condenar. Este é um bem inestimável dessa data católica.

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Porém tomei um susto ao ver um grupo grande de pessoas fantasiadas de monstros nojentos e hediondos, com jeito de precitos saídos do inferno, procurando assustar com seu aspecto horroroso as pessoas, em tom de palhaçada e deboche.

Perguntei a mim mesmo: Por que isso? Que sentido tem, na respeitável festa dos mortos, injetar na cidade essa dose de horror diabólico? Que, aliás, desfigura completamente a verdadeira consideração para com os mortos?

Os zumbis são mortos que se levantam dos seus túmulos e se põem a perambular pelas ruas a assustar os vivos. Como pode alguém querer encarnar isso?

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Loucos e gente com vontade de aparecer sempre houve e haverá. Mas milhares de pessoas não se “monstrificam” e saem às ruas espontaneamente. Isso nunca foi tradição nossa, nem folclore. Logo, há uma intenção, ou mais de uma, por trás dessa aparente brincadeira de um mau gosto requintado.

Chama a atenção o fato de que, além de ridicularizar as homenagens prestadas cristãmente aos mortos, estamos presenciando uma impressionante descida cultural em direção ao feio, ao nojento, ao grotesco, ao hediondo. Dou exemplos:

Dia 31 de Outubro foi a festa das bruxas, encastoada artificialmente na nossa cultura, que valoriza as feiticeiras, suas poções feitas com ingredientes nojentos, suas maneiras e gargalhadas assustadoras. Brincadeira? De qualquer forma combina bem com os zumbis.

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Saiu recentemente na mídia a notícia de um restaurante em Chicago que não encontrou outra maneira que colocar como cadeiras para os clientes vasos sanitários. Como se isso não bastasse, os pratos foram substituídos por miniaturas de sanitários. É impossível o usuário desses objetos não associar a refeição e os alimentos com os dejetos humanos. Brincadeira? Quem se abre às bruxas e aos zumbis, na coerência de seus gostos, deve afinar com isso.

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Mais um apenas, para não enojar demais o leitor. Importantes mestres da cozinha, diz a mídia, estão elaborando pratos feitos à base de insetos como baratas, larvas, besouros etc. E há cientistas que defendem que há imensa vantagem do homem comer insetos para preservar o planeta. Brincadeira? Não, o problema é seríssimo! Pelo menos, para quem tem coragem de analisar essas coisas de frente, segundo a verdadeira Doutrina Católica tradicional.

Ensina Santo Tomás de Aquino que o belo reflete a Deus e o feio o demônio.

Por isso, a conaturalidade para com o feio, o nojento, o fétido, o hediondo, no fundo demonstra uma tendência, explicita ou não, a se simpatizar com o demônio. Portanto os exemplos descritos acima são atitudes que viram nossa cultura cristã ao avesso e favorecem as anticulturas pagã e diabólica. Não constituem convite à salvação da alma, mas à sua condenação. Estaremos chegando ao reino do demônio? É bom pensar…

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Autor

Marcos Luiz Garcia

Marcos Luiz Garcia

47 artigos

Conheceu o Professor Plinio Corrêa de Oliveira e tornou-se seu discípulo em 1967, com 14 anos, aderindo à TFP. Atualmente continua ininterruptamente sua atuação contra-revolucionária colaborando de forma integral com o IPCO. Especializou-se em coleta de fundos, ações de mailing e contatos com o público. Escreve artigos para a Agencia Boa Imprensa e é autor do livro Fátima a Grande Esperança divulgado no Brasil, na Argentina, na Colômbia e no Peru. Por fim, orienta e coordena campanhas da Associação Devotos de Fátima.

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