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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

A “guerra aos carros” tem uma ideologia por detrás?


todo mundo odeia onibus lotado

Antes de tudo os fatos. Lê-se num editorial de conhecido matutino paulista: “Ter carro já é quase um crime. A cruzada da Prefeitura de São Paulo contra os motoristas de carro parece não ter fim”.[1]

Qual a razão dessa “cruzada” com cem aspas de cada lado? É que o carro traduz, de certa forma, o nivel social de quem o possui. É preciso, portanto, na ótica vermelha, desestimular o uso de carros, para isso favorecendo os transportes coletivos e as bicicletas.

Aliás,  palavra “onibus” no latim significa “para todos”. Os passageiros de um onibus pelo menos enquanto lá estiverem são iguais a todos os outros.

Sendo assim, é fácil ver que a doutrina que está por detrás dessa cruzada sem cruz é o contumaz igualitarismo.

O matutino prossegue:  “O reajuste da Zona Azul muito superior à inflação indica uma política deliberada para desestimular o uso de carros em São Paulo. É uma punição para quem opta pelo carro não por gosto, mas porque a alternativa é o lento e desconfortável transporte público oferecido pelo Município. Além disso, já se espera um efeito cascata sobre os preços dos estaciasonamentos da cidade. Mas a Prefeitura não desiste. Além das faixas pintadas ao deus-dará, a administração petista anunciou que pretende construir 400 km de ciclovias, o que deverá resultar na supressão de até 40 mil vagas de estacionamento pela cidade”.  A intenção evidente é permitir que os autores da iniciativa ”possam  posar de defensores dos “sem-carro”, o que pode pegar bem como propaganda, mas é terrível para a cidade”.

Entretanto, não será exagero dizer que há uma guerra aos carros?

Somente um louco poderia fazer uma guerra direta aos automóveis, nas condições de hoje em dia. Mas poderia agir, como se diz, sobre o cálculo de custo/benefício, para tornar menos penoso o uso de transportes coletivos. Estes, oferecen menor benefício mas muito menor custo, a não se considerar os prejuízos para a vida em sociedade.

Através dessa jogada, visam criar uma espécie de moda de não ter carro.

Vê-se por detrás dessa movimentação o espectro da luta de classes, ao gosto do chavismo venezuelano tão empenhado em se instalar no Brasil.

Mas a Sagrada Escritura sempre desmancha os prazeres ideológicos  dos adeptos da Teologia da Libertação e ensina: “Filho, se tens posses, faze com elas bem a ti mesmo, e oferece a Deus dignas oblações […] Não te prives de um bom dia, e não deixes perder nenhuma parcela do bem que te é concedido.[2]

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[1] O Estado de S. Paulo, 29 de julho de 2014.

[2] Eclo 14, 11 e 14.

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Leo Daniele

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