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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

O desmantelamento do ‘mito’ chavista e o futuro da América Latina


A presidenta Dilma Rousseff recebe do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um quadro do ex-presidente Hugo Chávez (Valter Campanato/ABr)
A presidenta Dilma Rousseff recebe do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um quadro do ex-presidente Hugo Chávez (Valter Campanato/ABr)

1. Paradoxalmente, o presidente Maduro, da Venezuela, transformou-se no principal promotor da desmontagem do “mito” chavista e do “socialismo bolivariano do século XXI”, com o descalabro político, econômico e social a que conduziu o seu país.

2. Maduro recém acaba de completar o primeiro ano de governo, e o radicalismo político que aplicou nesses primeiros 12 meses, seguindo a receita de assessores cubanos que abarrotam a Venezuela, manteve esse país a beira de uma guerra civil durante várias semanas.

3. Porém, não é somente o presidente venezuelano o responsável pela agonia do “mito” chavista e do “socialismo bolivariano” na América Latina. Existe um “eixo” de governos que, de uma maneira ou de outra, seguiu a política externa venezuelana de guerra fria, que esbofeteia obsessivamente os Estados Unidos enquanto se lança nos braços dos neo-imperialismos da Rússia de Putin e da China comunista.

4. O presidente Rafael Correa, do Equador, seguiu os passos ditatoriais de Chávez e Maduro, e colheu como resultado a recente derrota nas eleições municipais, incluindo a estratégica prefeitura de Quito, a capital. Correa tentou melhorar sua imagem internacional viajando aos Estados Unidos, porém em todas as cidades que visitou ouviu interpelações do público por suas políticas ditatoriais, especialmente, contra os meios de comunicação e a iniciativa privada.

5. A presidente Cristina Kirchner, da Argentina, também aplicou em seu país as “receitas” chavistas-maduristas e a única coisa que conseguiu foi o triste “milagre” de arruinar socialmente um país que outrora ocupou os primeiros lugares na América Latina. A presidente argentina nem sequer está em condições políticas para tentar uma re-eleição.

6. A presidente Dilma Rousseff, do Brasil, incentivada por setores mais radicalizados do Partido dos Trabalhadores (PT), levou adiante nos últimos anos uma política intervencionista e socializante na economia desse gigantesco país, asfixiando a iniciativa privada e arruinando empresas estatais que outrora foram um orgulho nacional. A Srª Rousseff está obtendo como resultado o estancamento econômico junto com o ressurgimento da inflação. O ano passado teve de enfrentar gigantescas manifestações de descontentamento. E recentes pesquisas eleitorais mostram os frutos obtidos pela presidente Rousseff com as receitas chavistas impulsionadas pelos setores radicais do PT: a queda da popularidade e o risco de lhe faltar votos para se re-eleger nas eleições presidenciais de novembro.

7. O custo humano, social, político, econômico e cultural do “mito” chavista e das aventuras que se inspiraram nesse mito, é gigantesco.

8. Paradoxalmente, o “mito” chavista está se afundando, não tanto pela força de seus adversários latino-americanos, senão pelo extremismo ideológico e político de seus próprios defensores. É de se desejar que a desmontagem do “mito” chavista seja um processo irreversível. Os países da região que têm incentivado a propriedade privada e a livre iniciativa, especialmente, na área do Pacífico, mostram um desenvolvimento econômico positivo, que contrasta com a deterioração econômica dos países que estão aplicando receitas inspiradas no “socialismo bolivariano”. O que está em jogo é, nada mais e nada menos, que o futuro da América Latina.

Apontamentos de Destaque Internacional (texto interativo, podem se reproduzir livremente, inclusive sem citar a fonte). Responsável: Javier González. Envie sua valiosa opinião, sugestão, pedido de remoção, etc. para destaque2016@gmail.com (por favor, difunda este editorial o máximo possível, em suas redes sociais, se concorda com seu conteúdo)

(Tradução: Graça Salgueiro)

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