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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Rosário nas fronteiras da Polônia


No dia em que se comemoram Nossa Senhora do Rosário e a Batalha de Lepanto, uma “Cruzada do Rosário” na Polônia.

Leonardo Przybysz e Roman Motoła

Cracóvia — No dia 7 de outubro as fronteiras da Polônia foram cercadas pelo Rosário. Centenas de milhares de poloneses (fala-se em mais de um milhão) se dirigiram às nossas fronteiras e a muitos outros lugares para rezar pela nação polonesa e pelo mundo.

Para os dirigentes da manifestação, o ato foi primeiramente uma resposta ao apelo da Santa Mãe de Deus, que recomendou a recitação diária do Rosário para obter a conversão e a salvação do mundo, e também um pedido de auxílio por intenções particulares.

Ao convidarem a população polonesa a participar desse acontecimento extraordinário, os idealizadores lhe explicaram o seu sentido mais profundo: face ao crescente caos no mundo e à paulatina islamização da Europa, sair do conforto do lar para pedir coletivamente à Providência que assim como no dia 7 de outubro de 1571 — festividade do Santo Rosário e da grande Batalha de Lepanto — os exércitos cristãos rechaçaram o ataque muçulmano que ameaçava dominar e islamizar a Europa, assim também agora esse perigo seja definitivamente afastado do Velho Mundo.

Com efeito, a Europa vem sofrendo ataques cada vez mais fortes contra a fé católica, perpetrados não apenas por revolucionários internos, inimigos da Igreja e da civilização cristã, mas também por islamistas movidos pela mesma intenção e agindo em uníssono, que nela vão penetrando em fluxos constantes. Nesse contexto, há uma insistente tentativa de obrigar a Polônia a receber imigrantes muçulmanos. Em face disso, o Rosário poderá ser novamente a solução.

A iniciativa da “Rosário nas Fronteiras” foi bem-sucedida, em grande medida graças ao apoio das dioceses junto às fronteiras. Os fiéis se encontraram de início nas 300 igrejas previamente indicadas para, após a assistência à Missa, se dirigirem aos lugares previstos para a recitação do Rosário. Os que não puderam ir, rezaram na mesma intenção em suas paróquias. Como observaram os organizadores, assim foi possível aos participantes preencher as condições da Comunhão Reparadora do Primeiro Sábado do mês, tal como Nossa Senhora pediu em Fátima como um dos caminhos para a conversão do mundo.

Mesmo pessoas contrárias ao “Rosário nas Fronteiras” da Polônia reconheceram o seu grande sucesso. Alguns órgãos da esquerda católica da Polônia e do exterior o criticaram. Um de seus “argumentos” foi de que se tratava de uma arma ideológica do governo polonês para não receber imigrantes islâmicos. Entretanto, é sintomático o fato de que esses mesmos órgãos “esquecem” de informar que a Polônia abriu as portas para acolher aproximadamente 1 milhão de ucranianos que fugiram da invasão da Rússia na região de Donbass.

O “Rosário nas Fronteiras” foi um convite aos católicos poloneses e dos países vizinhos a permanecerem vigilantes em face dos atuais adversários da Cristandade, a fim de evitar assim a necessidade de erguer muros, nunca suficientemente eficazes para contê-los. Sobretudo considerando que são os próprios líderes políticos e religiosos europeus que se encarregam, de um lado, de proteger os revolucionários internos, e de outro, de introduzir e blindar os muçulmanos de qualquer hostilidade dentro da cidadela…


Fonte: Revista Catolicismo, nº 803, novembro/2017. Para se fazer assinatura da revista envie e-mail para: catolicismo@terra.com.br

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