Luis Dufaur
A tomada de reféns no prédio do Discovery Channel, em Silver Spring, Maryland, lamentavelmente concluído com a morte do seqüestrador em confronto com a polícia, suscitou mais preocupações em Washington.
James L. Lee, o seqüestrador, agiu como uma pessoa perturbada pela pregação do extremismo ambientalista.
Ele acreditava que aterrorizando os funcionários da conhecida TV ele impulsionaria a “mudança” e, em última instância, “salvaria o planeta”, observou editorial do “The Washington Times”.
Após manifestar com cartazes caseiros diante da sede da TV em Silver Spring, Lee invadiu o local fortemente armado e carregando pacotes que dizia ser explosivos.
Após horas de frustradas conversações, o ecoterrorista morreu em tiroteio com a polícia.
Lee mostrava-se muito influenciado pelos exageros e deformações do livro e filme de Al Gore “Uma verdade inconveniente”.
Numa página de grande primarismo na Internet, Lee culpava a humanidade pela ameaça que ele julgava pairar sobre a
salvação planetária.
Em conseqüência, seu fraco juízo concluía ser indispensável reduzir o número dos seres humanos. Na realidade, ele só repetia slogans bem conhecidos do ecologismo radical anti-natalista e anti-vida.
Na sua concepção, debilitada talvez pela doença, Lee via no Discovery Channel um inimigo do globo pelo “crime” de “glorificação da civilização e sua maquinaria”.
“Todos os programas no Discovery Health-TLC devem parar de estimular o nascimento de qualquer criança parasitária e o falso heroísmo que se esconde por trás dessas ações”, argüia Lee no arremedo de manifesto que postou no seu site (http://savetheplanetprotest.com/ , ainda ativo no domingo, 12 de setembro de 2010, 11:44:25).
Idéias não menos obtusas e radicais que as de Lee são defendidas por ambientalistas que pregam o retorno a uma “natureza” onde o homem levaria uma existência submissa às exigências de qualquer espécie animal.
Nesse sentido, o “Washington Times” observou que os proprietários da Califórnia podem ser proibidos de proteger suas casas dos incêndios florestais.
Ativistas “verdes” alegam que, agindo assim, os cidadãos ameaçariam o habitat de um rato ‒ o “Stephen’s kangaroo rat” (Dipodomys stephensi) ‒ e violariam a lei federal que protege as espécies em risco de extinção.
Antes de atentar contra a vida dos funcionários da TV de Silver Spring, Lee se mostrou profundamente afetado pelas teorias de Malthus e Darwin. Essas teorias hoje orientam movimentos que limitam o valor e o lugar da vida humana no planeta, como a organização abortista Planned Parenthood, observou o “Washington Times”.
Produções de Hollywood como “The Day After Tomorrow” disseminam essas idéias errôneas de modo altamente sugestivo, montando catástrofes apocalípticas que viriam a acontecer pela expansão natural da população humana e de seu progresso, acrescenta o jornal.
E concluiu o “Washington Times”: “Enquanto esse movimento (ambientalismo alarmista) continuar apresentando a humanidade como uma parasita e um perigo, continuarão aparecendo mais Unabombers [terroristas] e pistoleiros de Silver Spring”.
Seja o primeiro a comentar!