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Plinio Corrêa de Oliveira
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Uma centelha de luz na romaria a Aparecida


Em 1978, um sacrílego atentado reduziu a dezenas de fragmentos a milagrosa imagem de Nossa Senhora Aparecida, deixando estarrecido e indignado o Brasil inteiro. Solidário com essa comoção nacional, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira convidou os membros da TFP para uma caminhada ao Santuário de Aparecida do Norte, a fim de apresentar um ato de desagravo à nossa Padroeira. Mais de mil sócios e cooperadores da entidade, com seus estandartes e capas rubras, peregrinaram pela Rodovia Presidente Dutra, entoando orações, cânticos e brados. O entusiasmo pela Virgem Aparecida resplandecia nas fisionomias dos participantes [foto acima].

40 anos depois, não foi diferente a nossa sensação na noite de 11 de outubro último, quando alguns amigos percorríamos aquele mesmo itinerário, e começamos a entrever na altura de Jacareí os primeiros grupos de romeiros com destino à “capital espiritual do País”. Nos dois lados da rodovia, milhares de peregrinos de todas as idades — jovens em sua maioria, mas também idosos e até crianças — caminhavam decididamente durante a noite, sob a chuva que por vezes era fria e torrencial. Quanto mais nos aproximávamos, mais nos entusiasmava aquele espetáculo de fé numa multidão fervorosa decidida a prestar homenagem à Rainha e Padroeira do Brasil. Fazia-nos lembrar procissões grandiosas de outros tempos, imortalizadas por descrições fidedignas dos cronistas medievais.

Muitos usavam camisas contendo impressa a efígie de Nossa Senhora; em outras se distinguia o verde-amarelo; e bandeiras do Brasil eram uma clara manifestação de que caminhavam e rezavam a fim de pedir à Padroeira proteção para os destinos da Nação, nesta hora de uma encruzilhada histórica.

Em mais de uma centena de barracas ao longo da rodovia, grupos de voluntários atendiam pessoas idosas ou impedidas de caminhar, serviam sopa quente, sanduíches, sucos, além de água e cafezinho aos demais. Tudo gratuitamente e com um sorriso nos lábios, de reconhecimento àqueles romeiros cansados, mas resolutos. Viam-se também ambulâncias e vans, com voluntários prontos para prestar atendimento em casos de emergência. Neste mundo argentário e hedonista, alegrou-nos ver gestos de desprendimento como aqueles! E nos lembramos de um comentário do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, grande devoto da Virgem Aparecida, a propósito da peregrinação-desagravo de 1978: “Uma centelha da luz de Deus desceu dos Céus, para iluminar o mundo de trevas e de pecado em que vivemos”. Pareceu-nos que essa “centelha de luz” brilhou também na peregrinação deste ano.

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Helio Brambilla

Helio Brambilla

38 artigos

Diretor de Paz no Campo e colaborador do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. É autor de diversos artigos sobre a questão agrária, quilombola e propriedade privada no Brasil.

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