Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 8 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:47:59 PM
Como explicar que as fotografias das passeatas focalizem, na maioria dos casos, apenas a linha de frente dos protestos e não as tiradas por via aérea, indicando o pequeno número de manifestantes? Qual a razão de informarem apenas os números de participantes avaliados pelos seus organizadores e não os avaliados pela Polícia? Qual a razão de noticiarem com destaque as marchas petistas ocorridas em todas as capitais de estado, sem apontar que em algumas delas o número de presentes não passou de 100?
Na realidade, aqueles que lamentam a saída da Dilma são poucos – em torno de 10 % da população -, mas isso não impede que essas minorias petistas ajam organizadamente, obedientes às palavras de ordem, e com um tipo de barulho midiático que pode impressionar os incautos. Esse fato é perfeitamente compreensível, pois o PT, como todos partidos revolucionários, possui quadros de afiliados fanatizados, disciplinados e barulhentos, que, por sua vez, passam as palavras de ordem a outros movimentos revolucionários como CUT, MST, MSTE e UNE.
Essa articulação, que inclui não pequenas doses de tapeação, lhes permite realizar ações de grande efeito público: greves, manifestações de desagrado com as privatizações do governo Temer, críticas ao establishment, ao capitalismo e à nossa suposta subserviência para com os EE.UU.
Isso nos faz lembrar os primórdios do nazismo. No início da década de 30, Hitler foi derrotado nas urnas. Mas após a deterioração da situação econômica na Alemanha e dos conflitos entre o Partido do Centro e os monarquistas, suas falanges, de início pouco numerosas, formadas por fanáticos aguerridos e organizados, conseguiram atrair a simpatia da opinião pública e ele foi eleito Führer com mais de 90% dos votos.
Então, uma pergunta decisiva é de se haverá perigo de o povo brasileiro, em seu íntimo pacífico e avesso ao comunismo, ser seduzido pelos discursos de Dilma e de outros líderes de esquerda, misturando sentimentos de autocompaixão e promessas de uma oposição sistemática e virulenta às reformas projetadas pelo novo governo.
No momento, não parece que isso esteja acontecendo. Mas se as reformas econômicas não forem implantadas, se aparecerem rachaduras na base aliada, e se o repúdio popular ao PT se diluir, começarão a se formar nuvens negras em nosso céu. O que fazer?
Entre as diversas medidas cabíveis no momento, podemos destacar as seguintes:
Finalmente, causam preocupação as versões não desmentidas de que o governo de Alckmin e mesmo o de Temer, estejam planejando uma “aproximação” e um “entendimento” com os movimentos sociais articulados pelo PT, com o intuito de supostamente desarmar suas motivações políticas. A esse respeito, nada existe de tão mal pensado. Quaisquer concessões aos petistas e aos membros dos chamados “movimentos sociais” de esquerda poderão constituir “um tiro no pé”. Pois, como Clausewitz ensinava, as concessões não enfraquecem o inimigo, apenas lhe fornecem mais pólvora para seus canhões…
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