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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Voltando à Zâmbia


Brasão de armas da Zambia
Brasão de armas da Zambia

O novo presidente eleito da Zâmbia (antiga Rodésia do norte), Michael Sata, é católico. Afirmou ele peremptoriamente que seu governo vai seguir os princípios dos 10 Mandamentos bíblicos.

“Este governo será regido pelos 10 Mandamentos. Não roubarás, fazei aos outros o que gostaríeis que eles vos fizessem […] Pela primeira vez este País tem um presidente católico e nosso governo vai apoiar a Igreja”, disse Sata, lembrando que a nação é predominantemente católica. Assegurou ainda que seu governo vai adotar a doutrina católica e sua disciplina, a serviço do povo. O pronunciamento foi feito na paróquia de Santo Inácio, no distrito de Parque Rhodes, em Lusaka, a maior cidade da Zâmbia.

Tais fatos já foram noticiados em nosso site, em artigo intitulado “Na Zâmbia, presidente católico pretende basear seu governo segundo os Dez Mandamentos”, de Ivan Rafael de Oliveira, postado em 24 de outubro último. A mídia ocidental pouco se ocupou desse acontecimento e, quando o fez, não lhe deu o devido destaque. Vale a pena voltar ao assunto com novas considerações.

Fr. Chilinda abençoou o presidente e sua esposa, a Sra. Christine Kaseba, que se ajoelharam diante do altar e assistiram à Missa das 8:15 às 10:00 horas. O frade orou a Deus a fim de alcançar para o Presidente Sata sabedoria, conhecimento e julgamento reto, para adequadamente governar o povo de Zâmbia.

O presidente estava acompanhado por membros do Parlamento e outros altos funcionários.(*)

Não conhecemos o Sr. Michael Sata e não temos outros indícios de sua orientação política e de como poderá transcorrer seu governo. Nosso enfoque se limita a essas declarações iniciais. Mas elas são auspiciosas.

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Zâmbia

A descolonização dos países africanos no século XX foi em grande parte promovida pelas próprias nações europeias, sob o signo da autodeterminação dos povos. A tal ponto que se tornou corrente a máxima de que as colônias se perdem nas metrópoles.

Tal autodeterminação, entretanto, em muitos casos vinha fortemente influenciada pelas ideias democrático-socialistas, que tinham em mira a formação de estados africanos laicos, quando não diretamente ateus. Por isso tolerou-se, quando não se favoreceu abertamente, a tomada de poder por movimentos até comunistas, sem representatividade na massa da população.

Os mesmos princípios que a União Europeia atual visa difundir entre seus Estados-membros eram os que, segundo a concepção dos então descolonizadores, deveriam reger os destinos dos neo-Estados africanos.

Que o plano não funcionou é evidente. Muitos países africanos se viram entregues a guerras tribais insolúveis, outros ficaram submetidos a ditadores mais ou menos disfarçados e assim por diante, outros ainda imergiram na miséria.

Alguns, porém, se mantiveram majoritariamente católicos, como é o caso da Zâmbia que elegeu um presidente católico. Mas isso parece não ter agradado à mídia ocidental!

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(*) Fontes: a) http://eponymousflower.blogspot.com/2011/09/new-president-of-zambia-promises-to.html; b) http://m.lusakatimes.com/2011/09/25/president-sata-church-peaceful-polls-promises-base-rule-10-commandments/?wpmp_switcher=mobile

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Edson Carlos de Oliveira

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