Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:51:13 PM
O ideólogo russo Alexander Dugin, conhecido apenas em minúsculos círculos esotéricos, veio se projetando nos últimos anos pelo fato de Vladimir Putin tê-lo escolhido como seu ideólogo predileto.
O Kremlin fez dele uma espécie de porta-voz filosófico para lograr certa intelligentsia ocidental.
Ignora-se ao certo se Putin acredita no que diz Dugin, pois nos pragmáticos discursos do chefe do Kremlin é difícil achar a embaralhada verborragia ocultista de seu ideólogo.
Porém, o ditador se enfeita ostentando um pensador de seu agrado, embora assaz escuro, contraditório, místico-panteísta e com fulgores satanistas.
Dugin propala, sem ser desmentido pelo seu patrão, a ideia de uma Rússia liderando um “Império Euro-asiático”. A proposta ecoa o sonho leninista de uma revolução mundial que encaixaria todas as nações na União de Repúblicas Socialistas Soviéticas ingloriamente fracassada.
Dugin não duvida em atrelar a essa “nova URSS euro-asiática” países como Áustria, Hungria, Romênia, Servia e Eslováquia, que sofreram na própria pele a ferocidade da escravidão soviética e que deram o sangue de seus melhores filhos para dela se libertar.
Para Dugin, a Rússia deve anexar completamente a Ucrânia e exterminar os ucranianos, de modo muito especial os católicos, segundo reportagem do International Businnes Times.
Dugin também ensina que a Polônia é um “erro histórico”, pois são eslavos católicos que não pertencem à igreja cismática russa presidida pelo Patriarca de Moscou.
Pelo fato de professarem a fé católica, os poloneses teriam degenerado da raça eslava, não têm lugar em seu oculto universo cósmico e devem ser suprimidos.
Dugin também prega o desaparecimento dos países próximos dos EUA, inclusive os europeus, que deveriam ser anexados pela força ao “Império Euro-asiático”. Essa seria a exigência de fenômenos geográficos ou de forças telúricas a que ele atribui um poder materialista absoluto e incoercível.
O mais espantoso é que Dugin conseguiu fazer adeptos no mundo dos futuros escravos do “Império Euro-asiático”.
Para esses enganos ele usufruiu de antigas amizades. Estas provêm da rede de “grupos de influência” que a URSS espalhou outrora no Ocidente. A rede atravessou incólume e impunemente o período da transição da “URSS 1.0” para a “URSS 2.0”, como dizem as juventudes putinistas.
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