Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 8 anos — Atualizado em: 5/1/2017, 9:25:53 PM
A aliança “bolivariana” montada pelo falecido ditador venezuelano Hugo Chávez no continente sul-americano – com ramificações na Espanha – está caindo aos pedaços.
Não é só que o “socialismo do século XXI” faliu na Venezuela e o regime autoritário não dispõe de mais recursos para financiar sua louca aventura pró-comunista.
Nos grandes países do continente, como Brasil e Argentina, as populações não suportam os aliados do petulante líder esquerdista do Caribe e os deixaram sem apoios indispensáveis.
Chávez e Maduro apelaram para o ingente manancial de riquezas do petróleo venezuelano até conseguirem destruí-lo.
Apelaram sobretudo para o Brasil e a Argentina, inclusive para distribuir magras quantias de alimento à população, reduzida a uma massa faminta.
E ainda assim a questão não se resolveu.
Na Argentina, país que tomou a dianteira no banimento do bolivarianismo, a estatal Petróleo de Venezuela (PDVSA), um dos aríetes econômicos de Maduro para influenciar o continente, faliu. Ela está vendendo todos seus ativos no setor dos combustíveis e uma importante rede de postos de gasolina.
Caracas tem urgência de dinheiro vivo, e a subsidiária argentina da PDVSA perdeu cerca de 880.000 dólares por mês só em 2015, segundo informou “La Nación”.
Na hora de instalar a empresa na Argentina, em janeiro de 2005, Chávez foi a Buenos Aires, onde anunciou em demagógico discurso que uma “empresa gringa” – leia-se Shell – seria nacionalizada por seu amigo, o presidente Nestor Kirchner, que convocou então um boicote contra essa empresa.
Ironia da história, o presidente da Shell, Juan José Arenguem, é hoje ministro da Energia e está intervindo para que a queda da PDVSA não traumatize o mercado.
O governo argentino cancelou sua participação de 16% na Telesur, canal de TV criado por Chávez para espalhar notícias e comentários que promovam o “socialismo do século XXI” em luta contra o “império”.
Mais nenhum programa será feito na Argentina. Simultaneamente, Buenos Aires também suspendeu a licença de Russia Today, a TV do Kremlin introduzida pela amizade Kirchner-Putin.
Aerolíneas Argentinas, a principal companhia aérea do país, também anunciou a suspensão sem data de todos seus voos a Caracas. A razão foi a mesma de outras linhas aéreas que a precederam, bem como das que adotaram análoga decisão nos dias seguintes – a Lufthansa e a LATAM.
O governo venezuelano está inadimplente e não cumpre com suas obrigações. Notadamente não transfere o valor das passagens vendidas pelas empresas em moedas com valor internacional. Ou, mais simplesmente, passa a mão nos dólares das passagens.
Aerolíneas Argentinas também cancelou todas as frequências a Cuba, mantidas por razões ideológicas pelo governo populista e pró-castrista que o eleitorado argentino expeliu do poder em eleição democrática.
Mais complicada é a situação das grandes empresas privadas que assumiram a produção de alimentos para atender aos acordos faraônicos do casal Kirchner com a dupla Chávez-Maduro.
A cooperativa Sancor, um dos maiores produtores mundiais de lácteos, beira a falência, apesar de suas contas estarem nominalmente positivas. Ela se comprometeu a multiplicar a produção para atender às necessidades da Venezuela e fez grandes investimentos, até que, conluiado com o governo peronista-socialista, Maduro deixasse de pagar.
O presidente Macri reinaugurou as atividades da segunda maior produtora de frangos da Argentina, a Cresta Roja, que um ano atrás cessou suas atividades também por inadimplência da Venezuela, destinatária de um extraordinário volume de produtos avícolas com a “garantia” do governo kirchnerista.
Em todos esses casos, a saída passa pela passagem das empresas falidas para mãos privadas.
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