Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 7 anos
O francês Alfonso Laurencic ficou sinistramente célebre em Barcelona torturando a serviço da Frente Popular socialista-comunista com requintes de sadismo nas “checas”, equivalentes às prisões da KGB soviética, onde eram torturados e mortos os opositores, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Uma de suas perversas singularidades, que alias não existiam nem na Uniao Soviética, consistia em montar nas celas dos torturados obras de “arte moderna” e assim acentuar suas aflições.
Quando em 12 de julho de 1939 Alfonso Laurencic se apresentou ante o tribunal de crimes de guerra que acabaria condenando-o à morte, os presentes acharam estar diante de um personagem do “cinema negro”, um monstro, uma espécie de perverso Frankenstein que habitava escondido detrás das aparências de um homem mundano, culto e sedutor, escreveu “El Mundo” de Madri.
Do cérebro enfermiço de Laurencic saíram as “checas” mais diabólicas da Guerra Civil espanhola. Eram cárceres da Frente Popular – coalisão de partidos de esquerda – onde centenas de infelizes seres humanos foram torturados e assassinados, explica o jornal espanhol.
Laurencic entendia de cores e efeitos de luz. Por isso combinava figuras de ilusão óptica nas “checas”, dentro de cubículos de dois metros de altura e meio metro de largura para afundar mais o ânimo do recluso.
Ele as chamava de celas “psicotécnicas”. Eram suas salas de tortura modelares, as mais cruéis.
Laurencic as decorava com desenhos inspirados nos artistas da Bauhaus alemã, escola de design, artes plásticas e arquitetura que é das mais importantes expressões do Modernismo.
Estavam recobertas de alcatrão por dentro e por fora para acentuar a sensação de forno asfixiante. A tábua que servia de cama estava inclinada 20 centímetros para o preso rolar no chão caso dormisse.
O chão era ondulado, inspirado no design da Bauhaus, para dificultar o caminhar. As paredes eram curvas. Nelas, Laurencic pintava motivos geométricos e obras abstratas e surrealistas de Kandinsky, Paul Klee e outros artistas das tendências modernistas.
A mais brutal pintura usada é a chamada “El perro andaluz”, de Buñuel, na qual se exibe como racham o olho de uma mulher com uma navalha de barbeiro.
Nas “checas” das ruas Vallmajor e Zaragoza, em Barcelona, que eram museus de horrores, abriu uma grande fossa aonde levava o preso e simulava que um pelotão o fuzilava, mas disparava balas de fogueio para enlouquece-lo.
Hoje o design modernista e os estilos artísticos preferidos de Laurencic, instrumentos de suas sádicas torturas, impregnam obras públicas e privadas.
As “obras de arte” na linha do pesadelo do torturador são objeto de amostras públicas gordamente pagas por governos e grandes empresas.
Compreende-se melhor então que na vida quotidiana muitas pessoas se sintam imersas num mundo de horrores.
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