Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
A esquerda age no governo com medidas reminiscentes de chiliques infantis. Documentos como o do Conselho Nacional de Saúde revelam linguagem confusa e imposições semelhantes a um "berreiro".
5 min — há 1 ano — Atualizado em: 11/24/2023, 9:00:03 AM
Chilique
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 874, Outubro/2023
Acompanhada pelos pais, uma criança entra no supermercado. Ao ver na prateleira aquela atrativa barra de chocolate, primeiro, pede, depois exige. Diante da recusa, chora, grita, esperneia. Por fim, rola pelo chão em delírio. Cena lamentável e constrangedora. Se já não foi vivida pessoalmente por algum de nós, ao menos, já a assistimos. Como enfrentá-la?
Algumas medidas tomadas pela esquerda no governo do Brasil atualmente fazem lembrar chiliques infantis. Voltando a assumir a Presidência da República, o ataque de histeria do lulopetismo vai se evidenciando cada vez mais, depois de ter recebido, durante anos, um firme “não” do Brasil verdadeiro, conservador e católico.
Para demonstrar que enfrentamos agora um tipo de chilique esquerdista, basta correr os olhos no documento indigesto e quase indecifrável do Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão integrante do Ministério da Saúde, que foi publicado em julho deste ano.[1]
Além de conter linguagem abstrusa, complicada, o programa aí delineado parece ter saído da cabeça de um antiquado e impositivo chefe de partido comunista. Veja-se por exemplo:
O CNS tem por finalidade atuar, entre outras coisas, nas estratégias e na promoção do processo de controle social em toda a sua amplitude, no âmbito dos setores público e privado. [Grifos nossos]
Parece que o setor de saúde pública assume poderes de “controle social em toda a sua amplitude”. Será isso a continuação das imposições ditatoriais da época da pandemia? Cuidado, brasileiros conservadores! Qualquer recusa aos desmandos da esquerda, será punida com “controle social”.
Chiliques de criança, por sua natureza, são destemperados e inconsequentes. Nada há aí de ponderado e sensato. Peço vênia aos autores do texto, mas das duas, uma: ou é preciso capacidade intelectual fora do comum para desvendar o significado das seguintes linhas, ou tudo não passa de “berreiro infantil”.
Leia-se, nesse sentido, o número 38 do documento sobre os objetivos do CNS:
Estruturar de forma transversal as políticas de saúde, reconhecendo a interseccionalidade dos Determinantes Sociais de Saúde, com especial atenção à raça, identidade de gênero, intergeracionalidade, sexualidade, classe social, povos indígenas e comunidades tradicionais, pessoas com deficiência, populações do campo, florestas, água, cerrado e cidades, que impactam desigualmente em seus nos [sic!] modos de vida e trabalho, como orientadora das políticas, estratégias, ações e serviços do SUS, tendo como princípios a defesa da democracia, sustentabilidade do ambiente e a equidade.
Se o leitor perdeu o fôlego antes de concluir o parágrafo acima, saiba que não está sozinho. Contudo, vencendo a falta de ar, como evitar a impressão de total insensatez e pouca clareza na cantilena nele elencada, cheia de volteios enigmáticos?
Por que se misturam, sem qualquer critério, os mais variados elementos, sociais, políticos e ideológicos? Que relação há entre água e cerrado com sexualidade e pessoas com deficiência? Eis a imagem do desequilíbrio: a criança bate as mãos e as pernas, rolando pelo chão, tremendo e chorando: “Eu quero, porque quero!”
Os autores esquerdistas do texto dirão que só eles possuem a capacidade de entender e conjugar todos aqueles elementos e promover assim a “grande política”. Os “conservadores” e os “de direita” fazem parte da categoria dos brutos e simplistas, sem conhecimento profundo das coisas.
Quanto a mim, prefiro clareza e objetividade nas ações públicas, bem distantes do mega estado socialista, controlador de tudo.
Por fim, o documento do CNS traz esta expressão, no mínimo estranha: “idadismo”. Após as esquerdas de todos os tipos insistirem à náusea sobre racismo, machismo etc. agora teremos que nos acostumar com o “idadismo”. É o que traz o no. 48 do texto: “Combater o idadismo estrutural, […], visando garantir o direito a envelhecer para todas as pessoas”.
Sim, existe agora “preconceito de idade”. O dragão estatal petista está pronto para combatê-lo, oferecendo a todos o “direito a envelhecer”! Mas, neste ponto, descobrimos novamente a esquerda em flagrante chilique, que no caso pode ser traduzida por contradição.
Se o Estado quer proteger todas as “idades”, combatendo os preconceitos “idadistas”, por que não defender também aqueles que estão na “idade pré-natal”, isto é, os nascituros? A estes o CNS nega direitos, pois no no. 49 do documento propõe a “ampliação de políticas sociais e de transferência de renda, com a legalização do aborto”.
Tais delírios infantis e socializantes da esquerda têm como termo final a perseguição a quem lhes oponha resistência. Veja-se, nesse sentido, o que diz Elias Jabour, assessor de Dilma Rousseff na atual chefia do Banco do BRICS.
O professor de economia afirmou que “a pena de morte deve ser aplicada àqueles que estiverem a serviço de potências estrangeiras”.[2] E acrescentou que:
Estados revolucionários não devem permitir subversão ao sistema, porque podem ver a experiência socialista ir para o buraco. […] É aplicar a lei. É pena de morte.
Lula também lançou pacote sobre crimes contra a democracia com o objetivo de criar penas mais duras contra os supostos ataques ao Estado Democrático de Direito.[3] Logo se vê o que isso significa: repressão aos que discordam do atual governo.
Até o fechamento desta edição, a proposta ainda não tinha sido enviada ao Congresso Nacional, mas vários especialistas já a criticavam como irresponsável e sem sentido.[4] Assim como se apresenta a teimosia infantil.
A única atitude eficaz face a chiliques de criança é um retumbante não. No caso das políticas insensatas esquerdistas devemos mostrar nossa rejeição prudente, pacífica e dentro da lei, porém firme e perseverante.
Alertemos a todos para tais tendências ditatoriais tresloucadas. A esquerda histérica ouvirá nosso irredutível não e será forçada a abandonar sua gritaria irracional. Não nos esqueçamos, por fim, de pedir a Nossa Senhora Aparecida que proteja esta nossa Terra de Santa Cruz.
Jose Schelini
24 de novembro de 202324/11/2023 às 15:00