Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:24:54 PM
A primeira foi a médica cubana Ramona Matos Rodríguez, 51, que rompeu o muro do sub-reptício controle político-policial cubano, abandonando o programa Mais Médicos, combinado entre os governos do Brasil e de Cuba, informou largamente a prensa nacional e internacional.
Chegada ao País em dezembro, ela trabalhava em Pacajá, Estado de Pará, de onde fugiu, obtendo proteção de políticos oposicionistas em Brasília. Em entrevista de imprensa ela explicou uma das coisas que já se sabia: ela foi enganada com uma falsa promessa de ordenado.
Em Cuba lhe fizeram acreditar que o governo brasileiro pagaria R$ 10.000 (4.000 dólares aproximadamente) a Cuba e que ela receberia a metade. Seria uma fortuna se comparado com os miseráveis ordenados da ilha-prisão.
Porém, uma vez no Brasil, só recebia 400 dólares por mês, insuficientes para suas despesas pessoais básicas.
A Dra. Ramona mostrou aos jornalistas o contrato assinado com a Sociedad Mercantil Cubana Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos, empresa “gestora” da falcatrua trabalhista.
O governo brasileiro afirmava, porém, que o acordo com Cuba seria feito por meio da Organização Panamericana da Saúde (OPAS). Essa entidade receberia 510 milhões por semestre e entregaria parte desse valor a Havana, que faria a distribuição aos médicos.
Ramona disse que quer ficar no Brasil: “Temo pela minha vida. Tenho certeza que se eu retorno a Cuba, serei presa. Fui enganada pelo governo cubano”.
O Dr. Roberto Luiz D’Avila, presidente do Conselho Federal de Medicina, comentou que a médica vivia em condições de semi-escravidão.
“É uma situação de semiescravidão. Já denunciamos isso na Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério Público Federal do Trabalho” brasileiro.
D’Avila prometeu todo o apoio jurídico necessário para que a Dra. Ramona Rodríguez recupere a plena liberdade e permaneça no Brasil.
Logo a seguir foi a vez do médico Ortelio Jaime Guerra.
Ele seguiu outro caminho, escapulindo diretamente para os EUA, a fim de garantir que não seria enviado de volta a Cuba. Os EUA acolhem os médicos cubanos segundo um programa de vistos específicos.
O Dr. Guerra explicou no Facebook que no dia 10 deixou seu posto em Pariqueira-Açu (SP) e que já está nos EUA. Ele justificou sua saída sem avisar ninguém “por questões de segurança”.
Os médicos cubanos são controlados por agentes do sistema castrista inclusive no Brasil e podem ser interceptados e reenviados à ilha prisão, explicou ele na rede social, em um misto de português e espanhol.
Em Pariqueira-Açu, a Secretaria de saúde confirmou a saída do médico. O mesmo fez o Ministério da Saúde. Nenhum deles forneceu as mais básicas informações.
E a fuga parece não ter limites, pois logo a seguir o Ministério da Saúde informou que mais três médicos cubanos abandonaram o Programa Mais Médicos e não voltaram ao seu país.
Há ainda desistências de médicos de outras nacionalidades, mas que não estão ligados ao regime de “escravatura”, exclusivo para os cubanos.
Fica por saber que números atingirá esta fuga de escravos modernos e quais serão as revelações que eles poderão fazer.
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