Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 8 anos
No último dia 10 de agosto, em toda a Colômbia, milhares de pessoas saíram às ruas a fim de protestar contra o governo do presidente José Manuel Santos, devido à tentativa da Ministra da Educação de impor nas escolas um manual promovendo a chamada “Ideologia de Gênero”, que representa uma revolução interna no seio das famílias.
No dia seguinte, o presidente Santos se viu obrigado a desmentir que seu governo estivesse promovendo a “Ideologia de Gênero”. Entretanto, o Procurador Geral da Colômbia, Alejandro Ordóñez, declarou de modo respeitoso, mas documentado e firme, que o Presidente não estava dizendo a verdade, pois, na realidade, o governo está, sim, promovendo tal nefasta ideologia.2
Em Bucaramanga, cidade no interior da Colômbia, uma pequena faixa, aparentemente insignificante no meio da multidão, denunciou outra grande verdade que está sendo escondida pelos principais meios de comunicação, e silenciada por certos líderes civis e religiosos pró-família: “As FARC também negociam a destruição da família”
Com efeito, essa simbólica faixa denuncia que as FARC e o governo estão promovendo a “Ideologia de Gênero” no assim chamado “Acordo de paz” costurado em Havana, fato que o presidente Santos havia negado. Desde 2014 funciona na capital cubana uma “Subcomissão de Gênero”, encarregada da redação do item 82 do “Acordo de paz”. Esse ponto chave contempla que “homens, mulheres, homossexuais, heterossexuais e pessoas com identidades diversas participem e se beneficiem em igualdade de condições” (Cfr. “Governo e FARC anunciam a política de gênero que marcará o período pós-conflito”. Esta notícia foi publicada pela revista pró-governo “Semana”, de Bogotá, em 24 de julho, que voltou ao tema em sua edição de 17 de agosto de 2016).
Para se medir a gravidade dessa referência no “Acordo de paz”, é o caso de relembrar que tal “acordo” será elevado à categoria de norma supraconstitucional, ou seja, será inamovível.
Se ele for assinado em Havana, haverá um plebiscito na Colômbia para referendá-lo ou rejeitá-lo. Recentes pesquisas mostram que a maioria da população não confia nem no governo nem nas FARC, e menos ainda no chamado “Acordo de paz”.
É importante que o público “pró-família” e “pró-vida” tenha sempre presente que existe uma sinistra unidade no atual processo revolucionário em curso na Colômbia, motivo pelo qual o pensamento revolucionário das FARC aplica-se não somente ao campo econômico e social, mas também ao da família e da moral. É o que lembrou a mencionada pequena-grande faixa de Bucaramanga, portada por um grupo de jovens colombianos com os dizeres: “As FARC também negociam a destruição da família”.
Uma pequena faixa contendo uma grande verdade que deve ser difundida na Colômbia e em movimentos “pró-família” e “pró-vida” das Américas e do mundo inteiro.
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1. FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia).
(*) Notas de “Destaque Internacional”. Documento de trabalho, em 20 de agosto de 2016. Este texto, traduzido do original espanhol por Paulo Roberto Campos, pode ser divulgado livremente.
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