Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:48:58 PM
Não passa um dia sem que Katholisch.de, o portal internet da Conferência dos Bispos Alemães, traga um artigo atacando em algum ponto a Doutrina católica.
No dia 17 de setembro pp., apareceu, por exemplo, um comentário sobre a homossexualidade – atualmente o tema da moda – escrito por Simon Linder, estudante de Teologia em Tübingen.
O artigo de Linder é uma das centenas de milhares de comentários sobre o tema, e não é especialmente original: a Igreja Católica deveria mudar sua posição sobre a homossexualidade.
Desde a convocação do Sínodo da Família (de 4 a 25 de outubro 2015) vem aparecendo este tipo de artigo com frequência cada vez maior.
A estratégia de Katholisch.de (e pelo menos de uma parte da Conferência Episcopal Alemã) parece ser a seguinte: O Magistério não seria o conjunto de sentenças vinculantes anunciadas pela autoridade eclesiástica, antes, porém, uma matéria sobre a qual se pode debater sem parar. Em última análise, o Magistério Eclesiástico é degradado num conjunto de meras sugestões no campo das ideias.
Quando repetida vezes – e sistematicamente – um portal da Conferência Nacional dos Bispos Alemães coloca em questão verdades definidas desde há muito tempo, tem-se a impressão de que o Magistério não é mais vinculante, nem esclarece mais as verdades.
Desse modo os fiéis (pelo menos os leitores de Katholisch.de) perdem a convicção de que a autoridade eclesiástica anuncia a verdade do Evangelho. Surge a impressão de que tudo afinal não passa de meras opiniões e teorias, que podem ser aceitas ou recusadas. A respeito da Fé e da Moral, o católico poderia pensar o que bem lhe apraz. A Hierarquia eclesiástica não teria assim sobre Fé e Moral nenhuma autoridade magisterial. O Magistério seria apenas uma orientação, uma espécie de referência, que na realidade não seria vinculante. Neste contexto a Igreja não é outra coisa que um clube de debates.
Através do regular e sistemático questionamento da verdade católica, querem colocar num estado permanente de dúvida o fiel, que deve ele mesmo verificar e colocar em questão suas certezas sobre a Fé e a Moral católica.
Um fiel que se deixe levar por esta espécie de lavagem cerebral, não saberá afinal no que efetivamente crê e, no final do processo, ele acabará saindo da Igreja.
Alguém poderia objetar que na Alemanha vige a liberdade de opinião e que Katholisch.de tem o direito de publicar e difundir livremente suas ideias. Contudo, Katholisch.de leva a cabo sua “desconstrução” sob a etiqueta “católica” (financiada ademais com o imposto eclesiástico), o que não passa de mero engodo.
Para ser honesto, esse portal internet deveria mudar de nome e dizer claramente o que pretende: a demolição da doutrina católica!
Tradução: Renato Murta de Vasconcelos
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