Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
6 min — há 4 anos — Atualizado em: 10/31/2020, 6:27:27 AM
Na Festa de Todos os Santos (1º de novembro) se comemora a memória de todos os santos e mártires, conhecidos ou não, com a certeza de que eles já estão com no Céu, intercedendo por nós junto a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Entre eles desejamos que estejam nossos antepassados mais queridos. E rezamos para que, se pela Justiça Divina se encontrem no Purgatório, a Misericórdia de Deus pela intercessão de Maria Santíssima os resgate e os leve logo ao Céu. Intenção pela qual devemos rezar especialmente no dia de Finados (2 de novembro).
Mas nesta crise de descristianização que se alastra desde o Concilio Vaticano II, está entrando um outro costume com aparências de brincadeira.
É o Halloween, durante o qual se veste e decora-se a casa com objetos e cenas que se inspiram em coisas demoníacas. Destaca-se neste ano a aterradora exibição “artística” de Halloween em Dallas (EUA) feita pelo artista plástico Steven Novak [fotos acima e abaixo], noticiada pelo periódico “La Nación”1.
Ele montou no jardim dianteiro de sua casa uma cena de terror com manequins-cadáveres sadicamente assassinados entre poças de sangre.
Os vizinhos chamaram à polícia, que não fez nada porque, alegava-se, era mais uma forma lúdica de festejar o Halloween!
Em outros lugares fazem lanternas de abóbora, fogueiras, jogos de adivinhação, atrações “assombradas”, contam histórias assustadoras e se assiste a filmes de terror.
O termo Halloween foi criado por volta de 1745 pela contração do termo escocês All Hallows’ Eve, ou véspera do Dia de Todos-os-Santos.
Alguns falam, não sem fundamento, de uma sobrevivente de práticas supersticiosas ou diabólicas de povos pagãos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.
Essas comemoravam o “dia das bruxas”, ou Samhain entre os celtas. Desde fins do século II, a evangelização foi banindo essas torpes práticas primitivas.
Essa questão do Halloween me veio à mente, lendo um cuidadoso depoimento da explosão de satanismo que culminou recentemente no incêndio e destruição de duas igrejas históricas no centro da capital chilena.
No depoimento me deparei com pungentes perguntas levantadas por Juan Antônio Montes Varas, diretor da associação chilena “Credo”, e publicadas em “Cidade Eterna”.2
O autor observa que em nossa era secularizada, as manifestações de ódio satânico eram geralmente disfarçadas de secularismo. Porém, agora em Santiago do Chile, ouviu-se um rugido de ódio incendiário contra Deus como nunca antes.
Igrejas históricas foram entregues às chamas ateadas por centenas de vândalos, que celebraram freneticamente a queda da torre de uma das igrejas.
Juan Antonio visitou os escombros dos dois templos e entre muitas outras blasfêmias leu pichada na parede uma consagração a Lúcifer… Na parece oposta outro grafite condenava Nosso Senhor: “Morte ao Nazareno” [Foto ao lado].
Com suas roupas impregnadas de cheiro de fuligem, Juan Antonio saiu se perguntando: como é possível que tantos tenham participado desta verdadeira orgia satânica? De onde veio essa geração de chilenos? Como eles poderiam ser pervertidos dessa maneira?
E veio à sua mente o fato tantas vezes comprovado que esses jovens que pretendem ser a fina ponta da modernidade cresceram num ambiente saturado de demandas ilimitadas de mais igualdade, mais liberdade e mais fraternidade.
O auge dessa igualdade só pode consistir em equiparar Deus e Satanás, segundo se deduz da narração bíblica sobre a revolta de Lúcifer.
Se todos somos “irmãos” sem restrições, segundo a última encíclica de Francisco e a pregação de organismos internacionais, todos não deveriam se alegrar com as “comemorações” dos “irmãos” ainda que incluam os piores horrores?
Concluindo a leitura do depoimento, meus olhos se voltaram para o Halloween anunciado nas redes sociais. Assim, achei uma ponta de explicação dos inenarráveis crimes religiosos praticados em Santiago do Chile e que suscitaram as perguntas do chileno Juan Antônio Montes Varas.
Nesse sentido, foi muito claro o Monsenhor Rubens Miraglia Zani, Exorcista Oficial da Diocese de Bauru (SP) e Delegado Coordenador da Associação Internacional dos Exorcistas, que explicou no Curso da Associação Internacional dos Exorcistas na cidade de São Paulo:
“Halloween faz parte de um projeto mais vasto, que quer induzir a opinião pública, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens, a se familiarizar com mentalidades ocultas e mágicas, estranhas e hostis à fé e à cultura cristã.
“Querem o desaparecimento da visão cristã da vida e que se retorne àquela pagã. […] a mentalidade ocultista se está introduzindo subliminarmente e as crianças estão sendo acostumadas a essa linguagem e simbologia como diversão, brincadeira, atividade lúdica”.
O padre italiano Aldo Buonaiuto, exorcista e coordenador de um serviço de ajuda a vítimas do ocultismo, acrescentou no livro “Halloween: a travessura do diabo”:
“O Halloween não é uma festa de máscaras para crianças como gostariam de dar a entender, mas é a principal celebração mágico ocultista-satânica do ano! Para compreender melhor os perigos implícitos no aspecto oculto do Halloween, recordemos o significado de alguns termos que já fazem parte da linguagem popular.”3
“Todas as práticas do espiritismo são proibidas, porque são supersticiosas, e muitas vezes não estão isentas de intervenção diabólica, e por isso foram justamente interditas pela Igreja” ensina o imutável Catecismo de São Pio X, na resposta à pergunta nº 366.
E ainda no mais recente Catecismo da Igreja Católica, mandado publicar no pontificado de João Paulo II lemos:
“Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente ‘reveladoras’ do futuro”. (nº 2116).
Em 30 de outubro de 2019, Mons. Virgil Bercea, Bispo Greco-Católico de Oradea, do norte da Romênia, que sofreu na própria pele o ódio satânico na forma de torturas da polícia comunista, afirmou: “Esta festa foi combinada para destruir a solenidade de Todos os Santos”.
O Halloween é uma festa presente no Calendário Satânico e é considerado para os satanistas o início do ano novo de Satanás (noite de Sabbá).4
O Padre Francesco Bamonte, Exorcista de Roma e Presidente da Associação Internacional dos Exorcistas adverte:
“Até as escolas são decoradas com fantasmas, cabeças de abóbora e máscaras monstruosas, que constituem uma real exaltação do macabro. O objetivo desta festa não é apenas comercial, mas sobretudo o de induzir a opinião pública, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens, a familiarizar-se com a mentalidade ocultista e da magia, […] enquanto assistimos à tentativa de eliminar os crucifixos dos locais públicos e à proibição de montar o Presépio.
“Na noite de Halloween também se registra um aumento impressionante de todos os rituais do satanismo, […] na qual o ritual de consagração a Satanás ocorre em moldes perversos e desumanos”.
Quando o famigerado satanista Charles Manson comandou a macabra chacina ritual, durante a qual a atriz Sharon Tate — que estava grávida — e quatro amigos do casal foram baleados, esfaqueados e espancados até a morte, o sangue das vítimas foi usado para escrever mensagens nas paredes.
Naqueles anos se espalhava o convite de Anton LaVey, fundador da Igreja de Satanás:
“Estou feliz por ver os pais cristãos deixarem seus filhos adorarem ao diabo pelo menos uma noite por ano. Bem-vindos ao Halloween!”
Alinhavando tudo isso, me pareceu poder formular melhor uma resposta às perguntas acima mencionadas pelo diretor da associação chilena “Credo”.
E creio que se pode entender as violências incalculáveis que as esquerdas comuno-ecologistas aliadas à teologia indigenista-tribalista preparam contra nosso país, nossas cidades, nossas propriedades w nossas famílias.
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Notas:
Chile, Finados, Halloween, Profanação, Satanismo, Todos os Santos
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