Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:27:13 PM
Em recente artigo, prometi dar continuidade ao tema da suntuosidade dos templos, a fim de que eles possam dar a maior glória a Deus e concorrer para a santificação dos fieis. Recordamos que, ao construir nossas igrejas com requinte e esplendor, contribuímos possantemente para o cumprimento do primeiro Mandamento: Amarás o teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo entendimento.
Muito parecido com o primeiro, o segundo Mandamento nos preceitua: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22, 34-46). E a melhor maneira de o fazer é procurando o bem da alma do nosso próximo no sentido de aproximá-lo cada vez mais de Deus.
O ambiente belo e de bom gosto não somente é conforme a Deus, mas também propicia o recolhimento e a elevação do espírito para Lhe prestarmos atos de louvor, ora glorificando-O, ora pedindo-Lhe luzes e forças, ora agradecendo as dádivas recebidas. Nesse ambiente ordenado reina a paz de alma, tão necessária ao desabrochar das verdadeiras vocações sacerdotais e religiosas.
O que a luz do sol é para a lua, assim a luz da Igreja é para o Estado. As coisas esplêndidas e maravilhosas exercem um poder fascinante nas almas. O culto religioso desenrolado num ambiente nobre, distinto e belo só pode conduzir a Deus. Muitos santos escolhiam os melhores incensos, as alfaias mais requintadas para ornar os ministros que subiam o altar de Deus para celebrar o Santo sacrifício da Missa.
Que fique claro, leitor, não se tratar de um aparato desnecessário, como objetou Judas Iscariotes ao ver Maria Madalena quebrar o vaso de bálsamo precioso para ungir os pés do Senhor. Na verdade, ela prestava através daquele gesto um ato de veneração e adoração ao Filho de Deus vivo. Judas viu no seu gesto apenas desperdício, pois o bálsamo poderia ter sido vendido e o dinheiro dado aos pobres. Mas Nosso Senhor não a censurou, antes disse que aquilo era para Sua sepultura. E aduziu: “Pobres, sempre os tereis convosco”.
O fato de ter existido um Papa como São Silvestre – que dotou a Igreja de grande magnificência, enriquecendo-A de todos os modos possíveis – contribuiu enormemente para influenciar a sociedade civil e a própria mentalidade dos povos. Na medida em que se deixaram permear pela mentalidade católica, eles foram aprimorando as suas próprias edificações públicas ou residenciais com gravidade e ornato.
Assim como a Igreja tem a missão de influenciar as almas e as mentalidades para o bem, nada mais natural que os povos por Ela formados moldem por sua vez seus ambientes de maneira cristã. O resultado é a emanação de uma mentalidade condizente com o ambiente da Igreja, tanto nos costumes quanto na música ou na arquitetura. Foi o que se deu com a Civilização Cristã medieval.
Concluo o presente artigo com esta assertiva cheia de razão de Plinio Corrêa de Oliveira: “É preciso que seja católica a alma que na obra de arte palpita, para que se possa dizer genuinamente cristã. E o ambiente cristão não é suscetível de impregnar apenas um edifício destinado ao culto, mas qualquer local que tenha em sua configuração a marca inconfundível com que a alma cristã se exprime em tudo quanto faz.”
Pe. David Francisquini é Sacerdote da Igreja do imaculado Coração de Maria – Cardoso Moreira-RJ
Padre David Francisquini
139 artigosPe. David exerce sua missão sacerdotal na Igreja do Imaculado Coração de Maria, em Cardoso Moreira (RJ). Entusiasta do livro Revolução e Contra-Revolução, do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, o Revmo. Pe. David sempre propagou os ideais deste insigne pensador e líder católico. Pe. David é autor de dois livros importantes para a defesa da família Brasileira: "Catecismo contra o Aborto" e "Homem e Mulher, Deus os criou".
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