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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

MST rejeita terra doada para fins de reforma agrária


Em 2003, Gilberto Gil, compositor e ex-ministro da Cultura do governo Lula, doou uma propriedade ao MST na zona rural de Cravolândia (BA), a cerca de 300 quilômetros de Salvador. Localizada próxima à Fazenda Palestina, antiga produtora de café para exportação transformada pelo governo num assentamento de 4,3 mil hectares, a propriedade, contudo, continua sem moradores.

Largaram mão e o capim tomou conta. Tem carrapato de matar com o pau. Antigamente era café, laranja, manga, muita fruta que tinha aqui. Jaqueira, gado… Hoje, está tudo largado”, disse Florisvaldo, um pequeno proprietário que se dispôs a acompanhar uma equipe de reportagem da Folha de São Paulo até o local.

A direção do MST alega que o abandono da propriedade doada para fins de reforma agrária se deve ao tamanho e às dificuldades de acesso, e também porque não houve investimentos em infraestrutura: “De acordo com a direção do MST no Estado, a área doada por Gilberto Gil não comporta um assentamento de reforma agrária, as informações que temos apontam que o sítio possui entre 40 a 70 hectares. Esse processo pode ser confirmado com o Incra, órgão responsável pelo processo de desapropriação. Além disso, existem diversas dificuldades de acesso, tendo em vista que historicamente não houve investimentos em infraestrutura”. [i] (grifo nosso)

Em 2015, a Fazenda Cedro, localizada no município de Marabá, no sudeste do Pará, foi invadida pelo MST, que abateu cerca de 30 animais de alto valor genético, queimou casas e equipamentos.

Segundo o site g1.globo.com , “de acordo com os funcionários da fazenda, cerca de 80 homens armados e encapuzados participaram da invasão ao local, rendendo seguranças e funcionários.

“Essas pessoas entraram já atirando e já colocando fogo nas casas. Já iam roubando, saqueando e outros iam queimando. Eles cercaram os seguranças e teve o confronto. E desigual, porque temos apenas quatro seguranças e eles eram mais de 80 pessoas”, relata uma testemunha que não quis se identificar.

“Onze casas foram totalmente destruídas, além de uma motocicleta e um trator.” [ii]

Em outra ação criminosa, desta vez em Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, com a participação de mil mulheres, o MST destruiu aproximadamente 1,2 milhão de mudas de pinus de um viveiro do Projeto Quatro, da Araupel.

A invasão aconteceu na madruga do dia 8 de março de 2016, numa ação relâmpago que causou um prejuízo estimado em R$ 5 milhões. [iii]

“Mais de mil mulheres, armadas com machados, facões e pedaços de pau, impediam a saída de quem estava na empresa. Em poucos minutos, o grupo pichou muros, placas e também as estufas, onde são realizados os testes. Um vídeo, divulgado pelo próprio movimento, mostra as mulheres derrubando plantas e depredando a estrutura dos viveiros. A ação faz parte da jornada nacional de lutas das mulheres no campo”, afirma a reportagem do site da Globo. [iv]

Esses são apenas alguns exemplos de ações do chamado “Exército do Stédile”. Se o leitor se der o trabalho de pesquisar no Google, verá páginas e páginas de notícias referentes a invasões e vandalismo desse movimento.

O Brasil possui uma área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, com cerca de dois terços delas constituídos de terras devolutas. A Reforma Agrária poderia ser feita nessas terras, mas o MST alega “dificuldade de acesso” e “falta de infraestrutura”.  Contudo, as terras devolutas começam onde terminam as propriedades particulares.

Os fatos provam que o MST não quer terras para trabalhar, mas deseja apenas desestruturar a economia agrária, uma das mais fortes do País. Ele o faz levando o caos social ao nosso campo, invadindo propriedades, danificando o patrimônio particular, matando o gado, roubando e destruindo as plantações.


[i] http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/09/1810268-fazenda-doada-por-gilberto-gil-ao-mst-segue-sem-assentados-apos-dez-anos.shtml

[ii] http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/01/policia-investiga-ataque-fazenda-cedro-em-maraba.html

[iii] www.abim.inf.br/exercito-do-stedile-barbaridade-odio-e-impunidade/

[iv] http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/03/grupo-de-mulheres-do-mst-invade-fabrica-e-destroi-pesquisas-geneticas.html

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Jurandir Dias

Jurandir Dias

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(jornalista MTb 81299/SP) colabora voluntariamente com o site do IPCO.

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