Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:31:00 PM
Uma vez que no dia de hoje (12 de outubro de 2011) comemoramos o octogésimo aniversário da monumental imagem do Cristo Redentor, fazemos uma exceção publicando matéria que aparentemente não diz respeito ao leitmotiv deste espaço. Assim, o Blog da Família deseja prestar sua homenagem no transcurso dos 80 anos da inauguração do Cristo Redentor.
Supliquemos a Ele que reine em todas as famílias e que estas — procurando acima de tudo “o reino de Deus e sua Justiça” e recebendo todos os outros bens por acréscimo — sejam particularmente abençoadas e protegidas dos fatores de desagregação que ameaçam a instituição familiar em nosso século.
Em memória desse magnífico acontecimento, seguem trechos de dois discursos de Plinio Corrêa de Oliveira, que — a convite do então cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme — esteve presente à histórica inauguração, em 12 de outubro de 1931 [foto], do Cristo Redentor, principal “cartão postal” do Rio e referência do Brasil no mundo inteiro, eleita em 2007 como uma das “Sete Maravilhas do Mundo Moderno”.
“O ideal católico que nos atrai, como se fosse algo que caminha, progride e domina completamente, pode fazer o papel da luz que brilha nas trevas. Mas pode-se dizer que as trevas não conseguiram abarcá-la, não a circunscreveram completamente.
Eu me lembro de algo que sempre me impressionou: é a imagem do Cristo Redentor no alto do Corcovado. Aquela imagem, que nas noites límpidas nos aparece tão clara, entretanto, em noites de nuvens, apresenta-se apenas como uma mancha luminosa. Ora se distingue o braço, ora a mão benfazeja abençoando; de vez em quando se vê apenas o coração através da névoa. Em seguida aparece a face, enquanto o resto permanece velado. Outra nuvem passa, e são os pés divinos que então refulgem aos nossos olhos.
Assim é a história dessa luz na alma de muitos. Vêm as trevas, mas um foco de luz fica. Às vezes é algo que aparece, é um olhar; às vezes é um fragmento de luz aqui lá ou acolá que emerge com mais clareza em meio às nuvens. Estas voltam a cobrir tudo novamente, e resta apenas uma mancha luminosa. Depois sopra o vento, e mais uma vez a luz se faz ver com extraordinária claridade”.
“Não posso me esquecer da noite em que eu estava no Rio de Janeiro, noite em que a neblina levantada do mar cercava a estátua do Cristo Redentor no Corcovado. Não posso me esquecer, tinha os olhos fixados nele.
Durante algum tempo era apenas um foco de luz, no qual eu não discernia nada; em determinado momento, batia o vento, fazia-se um pouco de claridade, eu percebia um dos braços e depois uma das mãos do Cristo Redentor, iluminado com aquela luminosidade especial que a pedra de que é revestido o monumento absorve a luz que sobre ele se projeta.
Pouco depois o vento batia novamente e era a face do Cristo Redentor que aparecia, em seguida era o seu peito onde pulsa o seu Sagrado Coração, mais adiante eram os seus pés divinos que todos gostaríamos de oscular. Eu prestava atenção e em nenhum momento — por mais densas que fossem as névoas — a luz deixava de encontrar um certo ponto de apoio no monumento. De maneira que, apenas sendo uma luz fixa sobre uma silhueta, ou sobre uma mão que protege, uma mão que abençoa, um coração que palpita de amor, ou uma face que contempla cheia de solicitude, em nenhum momento a neblina conseguiu apagar a figura do Redentor.
Está é a fé com que caminhamos para o futuro, quaisquer que sejam as circunstâncias. Poderá ser que provações muito difíceis toldem a nossos olhos as perspectivas da vitória; pode ser que circunstâncias imprevistas coloquem para nós problemas que hoje ainda não são os nossos. Mas, para além das névoas, para além de tudo aquilo que pode tapar a verdade, no horizonte visual do brasileiro há algo que nada tira: é a imagem do Cristo Redentor, a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Está fé há de nos salvar!
O Brasil há de vencer, qualquer que seja a situação. E é rumo a esta vitória que todos caminhamos com o passo resoluto e a alma cheia de fé”.
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