Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
9 min — há 9 anos — Atualizado em: 8/30/2017, 9:45:25 PM
São João Bosco, mestre da juventude, é famoso também por ser autor de numerosos livros de ilibada formação religiosa católica.
Entre esses está o livro “O católico educado em sua religião: Colóquios de um pai de família com seus filhos segundo as necessidades do tempo, com epílogo do Sacerdote João Bosco”.
Esse livro foi publicado por vez primeira em 1853 e teve incontáveis edições, sendo usado pelos sacerdotes da egrégia congregação salesiana na sua labor evangelizadora e educadora em todos os continentes.
Também foi muito usado pelos pais de família católicos que desejam dar uma boa formação aos filhos.
O texto completo, em italiano, tirado das obras completas do grande santo, pode ser descarregado em PDF clicando aqui: “O católico instruido em sua religião” (“Il cattolico istruito nella sua religione”.
O livro está redigido em forma de diálogos entre um pai de família preocupado com a salvação da alma dos filhos, e o filho mais velho, que fala em nome de todos os outros irmãos.
Reproduzimos a continuação o diálogo nº13 sobre o Islamismo, ou maometanismo.
Pai – Sem dúvida, não há ciência mais importante para um católico do que aquela que o instrui na sua religião. Ciência importante e, ao mesmo tempo, muitíssimo consoladora, porque tem uma base tão certa e tão clara, que todos os seus relatos nos fazem reconhecer o concurso da Onipotência divina.
Esta religião de Jesus Cristo, que se conserva somente na Igreja Católica Romana, segundo as palavras do mesmo Salvador, vai ser perseguida de alguma forma, mas jamais vencida.
Em todos os tempos, em meio às perseguições mais sangrentas, Ela soube conservar-se qual imóvel coluna, sempre gloriosa, sempre visível, sempre vitoriosa, sem nunca utilizar outra arma senão a da caridade e da paciência.
Esta sua invariabilidade, conservada desde os tempos de Jesus Cristo até nós, não pode ser atribuída senão à Onipotência divina.
Estabelecidos assim os fundamentos da nossa Santa Religião Católica, quero entretê-los um pouco mais sobre alguns acontecimentos curiosos: refiro-me àquelas religiões que eram unidas à Igreja Católica e que depois de algum tempo se separaram.
Filho – Muito bem, muito bem. Desejo saber sobre isso há longo tempo. Quais são essas religiões que se separaram a certa altura da Igreja Católica?
Pai – Antes de lhe falar sobre as religiões que se separaram em certo momento da Igreja Católica Romana, quero fazer-lhe notar as religiões que não têm os caracteres da divindade, as quais nós chamamos de falsas religiões, que podem ser reduzidas ao judaísmo, à idolatria, ao maometanismo e às seitas cristãs professadas pelos gregos cismáticos, valdenses, anglicanos e protestantes.
Sobre a idolatria creio que não é o caso de falar, porque em nossos dias, com exceção de pouquíssimos países nos quais ainda não pôde penetrar a luz do Evangelho, ela não existe mais.
Sobre o judaísmo parece-me que já lhe falei suficientemente na primeira parte destes nossos colóquios. Se lhe aprouver, falarei das outras, começando pelo maometanismo.
Filho – Sim, sim, comece por dizer o que se entende por maometanismo.
Pai – Por maometanismo se entende uma coleção de máximas extraídas de várias religiões, que praticadasconduziram à destruição de todos os princípios da moralidade.
Filho – Como se iniciou o maometanismo?
Pai – O maometanismo iniciou-se com Maomé.
Filho – Oh! Daquele Maomé de quem sentíamos ouvir falar com muito comprazimento: diga tudo o que sabe sobre ele.
Pai – Seria muito longo referir tudo o que as histórias contam sobre este famoso impostor: procurarei apenas fazer conhecer quem foi ele e como fundou a sua religião.
Maomé nasceu em uma família pobre, de pai pagão e mãe judia, no ano de 570, em Meca, cidade da Arábia pouco distante do Mar Vermelho.
Ávido de glória e ansioso por melhorar sua condição, vagou por diversos países e conseguiu tornar-se agente de uma mercadora de Damasco, que mais tarde o desposou.
Ele era tão astuto, que soube aproveitar-se de sua doença e de sua ignorância para fundar uma religião.
Sofrendo de epilepsia, afirmava que aquelas suas frequentes quedas eram raptos durante seus colóquios com o Anjo Gabriel.
Filho – Que impostor, enganar as pessoas dessa maneira! Ele também vai tentar fazer milagres que confirmem a sua pregação?
Pai – Maomé não poderia fazer nenhum milagre para confirmar a sua religião, porque ele não era enviado por Deus. Só Deus é autor dos milagres.
Como, no entanto, ele se julgava superior a Jesus Cristo, imediatamente lhe perguntaram se também não poderia fazer milagres. Ele respondeu com orgulho que já os tinha feito.
Contudo, gabava-se de ter operado um, e dizia que, tendo caído um pedaço da lua em sua manga, ele tinha sabido colá-la de novo; em memória desse milagre ridículo os maometanos tomaram como símbolo a meia-lua.
Vocês riem, ó meus filhos, e com razão, porque um homem assim devia antes ser considerado um charlatão, e não o pregador de uma nova religião.
Precisamente por isso se espalhou a fama de que ele era um impostor, um perturbador da tranquilidade pública, e seus compatriotas queriam prendê-lo e condená-lo à morte.
Após isso ele fugiu, retirando-se na cidade de Medina com alguns libertinos que o ajudaram a tornar-se mestre.
Filho – No que consiste propriamente a religião de Maomé?
Pai – A religião de Maomé consiste numa monstruosa mistura de judaísmo, paganismo e cristianismo.
O livro da lei muçulmana é chamado Alcorão [o Corão] , ou seja, libro por excelência.
Essa religião é também chamada de turca, porque é muito difundida na Turquia; ou muçulmana de Musul, nome que os maometanos dão ao dirigente da oração; ou islamismo, nome tomado de alguns de seus reformadores; mas é sempre a mesma religião fundada por Maomé.
Filho – Por que Maomé fez essa mistura de várias?
Pai – Como os povos da Arábia eram constituídos uma parte por judeus, outra parte por cristãos, e os outros pagãos, para induzir todos a segui-lo, ele tomou uma parte da religião professada por eles e deu preferência especialmente àqueles pontos que podem incentivar mais os prazeres sensuais.
Filho – É verdade que Maomé fosse um homem douto?
Pai – De fato não, ele nem sequer sabia escrever; e para compor o seu Alcorão, foi ajudado por um judeu e por um monge apóstata.
Falando de coisas contidas na História Sagrada, ele confunde um fato com o outro; por exemplo, atribuiu a Maria, irmã de Moisés, mais fatos que os relativos a Maria, mãe de Jesus Cristo, com muitíssimos outros absurdos.
Filho – Isto me deixa curioso: se Maomé era ignorante e não fez nenhum milagre, como poderia propagar a sua religião?
Pai – Maomé propagou a sua religião não com milagres ou com a persuasão das palavras, mas pela força das armas.
Religião que, favorecendo toda sorte de libertinagem, em curto espaço de tempo tornou Maomé chefe de um formidável bando de salteadores.
Juntamente com esses ele percorria os países do Oriente, ganhando os povos não com a pregação da verdade, com milagres ou profecias, mas com o único argumento de erguer a espada sobre a cabeça dos vencidos, gritando: acreditar ou morrer.
Filho – Canalha, esses são argumentos a serem usados para converter as pessoas? Sem dúvida, sendo Maomé tão ignorante, terá disseminado muitos erros no Alcorão.
Pai – Pode-se dizer que o Alcorão é uma série de erros os mais gritantes contra a moral e o culto do verdadeiro Deus.
Por exemplo, escusa de pecado aquele que nega a Deus por temor da morte; permite a vingança; assegura aos seus sequazes um paraíso, mas cheio apenas de prazeres mundanos.
Em suma, a doutrina desse falso profeta permite coisas tão obscenas, que a alma cristã tem horror de nomear.
Filho – Que diferença existe entre a Igreja cristã e a muçulmana?
Pai – A diferença é enorme.
Maomé fundou a sua religião com a violência e com as armas: Jesus Cristo fundou a sua Igreja com palavras de paz, servindo-se de seus discípulos pobres.
Maomé fomentava as paixões, Jesus Cristo ordenava a negação de si mesmo.
Maomé não fez milagre algum, Jesus Cristo operou um número incontável à luz do dia e na presença de multidões inumeráveis.
As doutrinas de Maomé são ridículas, imorais e corruptoras; as de Jesus Cristo são augustas, sublimes e puríssimas.
Em Maomé não se cumpriu profecia alguma; em Jesus Cristo todas.
Em suma, a Religião Cristã, de alguma maneira torna feliz o homem neste mundo para conduzi-lo depois ao gozo do Céu; Maomé degrada e avilta a natureza humana,
E, fazendo consistir a felicidade em apenas os prazeres sensuais, rebaixa o homem ao nível do animais imundos.
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