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Polícia da sharia nas ruas apavora Alemanha

Por Luis Dufaur

2 minhá 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:52:52 PM


Policiais da Sharia (lei islâmica) vigiam ruas na Alemanha
Policiais da Sharia (lei islâmica) vigiam ruas na Alemanha.

A cidade de Wuppertal, na Alemanha, está espantada por um estranho policiamento. Os novos guardas se apresentam como a polícia da sharia, a lei islâmica cuja aplicação eles controlam, informou reportagem do jornal espanhol El País. (Cfr. “La ‘policía de la sharía’ alarma a Alemania“, 13/9/2014)

Uma dezena de jovens islamitas trabalha nas ruas para impedir que colegas da mesquita Masjid Darul Arqam bebam cerveja, fumem ou frequentem fliperamas. A polícia da sharia de Wuppertal usa jalecos identificativos.

Mas a autodenominada polícia da sharia convulsiona a opinião pública da Alemanha, temerosa de que isto seja apenas um início encoberto da instalação de um regime que no fim será dirigido por fanáticos islâmicos.

Wuppertal tem 350.000 habitantes e 10% são islâmicos. Samir Bouaissa, representante da comunidade maometana, diz que é muito difícil conter a atração dos jovens pelos jihadistas, deixando os alemães mais alarmados.

A polícia alemã aumentou a vigilância e as autoridades habilitaram um telefone para receber denúncias das atividades suspeitas das patrulhas de radicais islâmicos.

“O perigo é sua capacidade de recrutar jovens para fazer a ‘guerra santa’ na Síria e no Iraque, podendo voltar depois mais radicalizados para a Alemanha”, observa a polícia local.

A prefeitura estima que existam 1.800 pessoas ligadas ao ramo radical do Estado Islâmico no estado da Renânia do Norte-Vestefália, o mais populoso da Alemanha, onde está Wuppertal. Os islamitas radicais também agem em grandes cidades como Hamburgo, Berlim, Frankfurt e Leipzig.

Recentemente foi confirmado que dezenas de fanáticos saíram da Alemanha para lutar nas fileiras do Estado Islâmico no Oriente Médio.

Policiais da Sharia, foto no Facebook.
Policiais da Sharia, foto no Facebook.

Os 11 “policiais do Islã”, que foram presos e libertados, nasceram em território alemão. Alguns não são de famílias estrangeiras, mas se perverteram à religião de Maomé em solo alemão.

Para muitos cidadãos, os temidos radicais já estão em casa e podem ser loiros e de olhos azuis.

A chanceler Angela Merkel advertiu que “ninguém está autorizado a agir como policial”. O ministro do Interior, o democrata-cristão Thomas de Maizière, proibiu qualquer atividade ou propaganda do Estado Islâmico. “Temos de impedir que os extremistas tragam sua guerra santa às nossas cidades”, advertiu.

Porém, todos sabem que esses “guerreiros do Corão” não estão ali para obedecer às leis ou às palavras dos ministros.

Mathias Rohe, professor da Universidade de Erlangen, insiste que “é muito importante não confundir os radicais com os muçulmanos inseridos na sociedade”.

Mas é muito difícil convencer disso uma população que vê na experiência quotidiana que os piores saem do meio dos “menos piores”.

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Luis Dufaur

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1043 artigos

Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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