Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:51:11 PM
Este artigo já começou mal: se você o lê é porque não se cumpriram algumas das profecias que o sábio Boffstradamus tirou de sua biblioteca verde, gnóstico-teológica e libertária.
Consultado a respeito, enquanto contribui a todo vapor com uma próxima encíclica, o infalível áugure garante que vão se cumprir.
E se falharem será por culpa do agronegócio, do aquecimento global, do egoísmo acumulador, da globalização e outras mazelas capitalistas.
Profecia verde, teológica e libertária nunca falha. Então, tomemos as seguintes verdades que se verificarão neste ano, sem direito à réplica.
Elas foram coletadas por Maxim Lott, maxim.lott@foxnews.com, para a FoxNews.
Não adianta achar que a mata está aí com toda a bicharada: está escrito e tem que acontecer até fim do ano. O Dr. Paul Ehrlich, presidente do Centro pela Conservação da Biologia, da Universidade Stanford, já o profetizou em 1968 no seu famoso livro The Population Bomb.
Na sua bola mágica lê-se que o crescimento populacional destruirá o planeta. Boa parte desse fim do mundo, esclareceu ele no livro Extinction, de 1981, seria provocada pela extinção de todas as espécies animais e vegetais das florestas tropicais úmidas como resultado do dano ambiental gerado pelo homem.
O presságio até já poderia ter-se tornado realidade há tempos:
“A metade das populações e espécies nas florestas tropicais úmidas extinguir-se-á no início do próximo século [século XXI], nenhuma sobreviverá pelo ano 2025”. Assim está escrito na página 291.
Mas ele avisou que seus modelos admitiam a possibilidade de uma extinção completa já no ano 2010.
Essas datas poderiam ser ainda antecipadas nas “mais realísticas” especulações de Ehrlich.
Pois, “se não se dão logo os passos apropriados … a humanidade padecerá uma catástrofe total tão grave quanto uma guerra termonuclear universal”.
Passos apropriados, o que isso? Algo como um Código Florestal ainda mais radical? “Maktub” “está escrito!”, “tem que acontecer”, descodifica Boffstradamus.
O manual “Student and Teacher Guide”, distribuído pelo governo da Pensilvânia, ensina aos alunos que “algumas estimativas sobre as reservas de petróleo sugerem que por volta do ano 2015 nós teremos gastado todas as reservas de óleo”.
O Clube de Roma falava que acabaria em 1980. Foi um papelão, mas “Maktub!” ai de quem não acreditar!
Não adianta que as reservas comprovadas em 2015 equivalham a pelo menos 1,6 trilhões de galões, como informa a Energy Information Administration – EPA, a agência governamental americana que tem a última palavra na matéria.
Sequer interessa que em virtude do excesso de petróleo seu preço não para de cair, abalando as economias árabes, russa e venezuelana, por exemplo.
É preciso ser muito “negacionista”, “cético”, inimigo da Gaia e muito vendido às empresas capitalistas e agronegociantes para acreditar que as reservas de petróleo – como afirma a EPA – mais do que dobraram nas últimas duas décadas em virtude da inovação tecnológica que tornou acessível mais petróleo, como a técnica do fracking.
“Allah Akbar”, ou melhor, “Gaia Akbar” (“Gaia é grande!”) e “Maktub”! Está escrito!
O relatório Yale Environment 360, de 2012, já falou:
“Peter Wadhams, que lidera o Polar Ocean Physics Group da Universidade de Cambridge… acredita que o Ártico ficará livre de gelo antes de 2020 e talvez mais cedo, em 2015”.
Os dados do governo americano mostram que a superfície gelada do Ártico cresceu desde a emissão desse oráculo fidedigno.
No mínimo do ciclo de expansão-retração, em 2014, a superfície gelada do Ártico atingiu 1,7 milhões de milhas quadradas, uma área equivalente à metade dos EUA.
O Dr. John Holdren, diretor do Escritório de Políticas para a Ciência e a Tecnologia da Casa Branca, administração Obama, fez nos anos 80 essa apocalíptica previsão baseado no aquecimento global.
E foi citado por Paul Ehrlich em seu livro de 1987 The Machinery of Nature, onde diz:
“Enquanto físico da Universidade da Califórnia, John Holdren declarou que a mudança climática induzida pelo CO2 provocará fomes que matarão pelo menos um bilhão de pessoas antes do ano 2020”.
Ainda faltam cinco anos, mas seria razoável supor que o CO2 já estivesse provocando a morte das primeiras dezenas ou centenas de milhões de pessoas privadas de alimentos.
“Está um pouquinho cedo para afirmar no início de 2015 o que vai acontecer ou não em 2020”, escreveu recentemente Holdren para tirar o corpo.
Mas ele continua defendendo que mais regulamentos, leis, códigos e impostos constituem a única opção para evitar a catástrofe. E exaltou nessa linha o Plano de Ação Climática do presidente Obama.
Concluindo este post, volto-me para a realidade e o bom senso: plantas e animais vão bem na Amazônia, o petróleo está sobrando, o Ártico e a Antártida não param de crescer, e se há gente morrendo não é por carência de alimento, mas por obesidade.
Mas Boffstradamus promete muita agitação com a encíclica que está ajudando a preparar.
Bom 2016!
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