Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
Em 1967, Plinio Corrêa de Oliveira liderou missas em várias cidades brasileiras em memória das vítimas do comunismo em todo o mundo.
3 min — há 1 ano — Atualizado em: 11/7/2023, 8:16:01 AM
Cardeal Mindszenty. À direita discurso do Prof. Plinio em homenagem às vítimas do comunismo
Estávamos em 1967, e o império ditatorial comunista subjugava albaneses, alemães, armênios, bielo-russos, búlgaros, chineses, coreanos, croatas, cubanos, eslovenos, eslovacos, estonianos, georgianos, húngaros, letões, lituanos, macedônios, mongóis, poloneses, romenos, russos, sérvios, tchecos, tibetanos, ucranianos e vietnamitas.
Por iniciativa do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira missas pelas vítimas do comunismo foram celebradas em diversas cidades do Brasil para a qual concorreram numeroso público e autoridades civis e militares.
Aproveitamos o ensejo do 7 de novembro, comemoração da nefasta Revolução bolchevista na Rússia para reproduzir alguns trechos do Manifesto publicado no Estado de São Paulo, 1 de novembro de 1967:
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Plinio Corrêa de Oliveira
Transcorrerá no dia 7 do corrente o qüinquagésimo aniversário da implantação do regime comunista na Rússia.
Por ocasião desse lúgubre aniversário, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) fará celebrar nesta capital, em Brasília e em doze outras cidades, Missas pelo descanso eterno das vítimas feitas pelo marxismo, por todo o mundo, nas guerras, revoluções e atentados a que deu causa.
O Santo Sacrifício será celebrado também para obter da bondade divina que faça cessar o oprobrioso jugo vermelho exercido desde a última guerra sobre tantos países.
A estas intenções, somar-se-á por fim uma outra: que Deus jamais permita que o comunismo prevaleça no Brasil.
Se bem que esta entidade seja de caráter essencialmente cívico, e tenha por campo de ação a sociedade temporal, considera que nem por isto pode omitir-se do magno dever da oração. E obedece aos ditames de sua consciência, convidando para essa celebração religiosa seus sócios e militantes, bem como a população em geral.
Porém, não basta rezar. Cumpre agir. E, na ordem da ação, o que mais importa é esclarecer as mentes. Assim, no presente documento, a TFP oferece ao público uma “mise au point” de alguns aspectos de que o problema comunista se reveste em nossos dias.
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O Manifesto ressalta o fracasso do comunismo em convencer as multidões, fenômeno que se observa no crescente renascimento conservador. Daí, por exemplo, a perseguição e censura às redes sociais conservadoras.
O Prof. Plinio presta uma homenagem especial ao Cardeal Mindszenty, heroi-mártir da Húngria.
Isto dito, compreende-se que uma palavra de homenagem comovida se profira aqui em memória de quantos, nestes cinqüenta anos, derramaram seu sangue levantando bem alto o pendão da luta anticomunista. Formam eles um longo, glorioso e trágico cortejo que começou com os valorosos russos brancos e se veio desdobrando através de vários povos e continentes. Nele notamos com especial emoção os “cristeros” mexicanos, os “requetés” da guerra civil espanhola, e os heróis da insurreição húngara de 1956.
Também desejamos mencionar todas as vítimas que, nos campos de concentração, bem como nas várias prisões comunistas, desde a patibular Lubianka de Moscou, até a sinistra La Cabaña cubana, morreram, ou sofrem e agonizam no momento, por sua indômita recusa em aceitar o marxismo.
Prestamos especial homenagem a todos quantos pelo mundo vão sofrendo a difamação e campanha de silêncio, a perseguição econômica e outras formas de pressão moral com que o comunismo alveja os que se lhe opõem.
Uma figura há – vítima dos maiores tormentos morais e físicos – que simboliza de modo inigualável, nestes dias, a luta de todos esses heróis. Um Príncipe da Igreja que, por sua afirmatividade, seu desassombro, seu heroísmo de mártir autêntico, plenamente merece a púrpura que o exorna: Sua Eminência o Cardeal Mindszenty, Arcebispo de Esztergom e Primaz da Hungria, cujo nome é pronunciado com veneração e com indizível afeto por todos aqueles em cujo peito ainda vive autenticamente a fé.
O Manifesto lembra o dever de vigilância de todos os brasileiros contra o perigo da hidra comunista.
Nossa Senhora Aparecida rogai por nós, e livrai o Brasil do comunismo.
Fonte: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/1967_203_CAT_No_50o_aniversario.htm
Marcos Machado
492 artigosPesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.
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