Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:49:40 PM
Vladimir Putin vem elogiando o governo nacionalista-populista de Cristina Kirchner como o seu melhor aliado na América Latina e assinou com ele dezenas de acordos, inclusive econômicos.
Mas eis que chegada a hora de sair da conversa e pôr o dinheiro prometido sobre a mesa, este não apareceu…
A Rússia não tem fama de cumprir acordos que não sejam de grande interesse para ela. Além do mais, sua economia vai se afundando aceleradamente após a invasão da Ucrânia, de um lado pelas respostas econômicas do Ocidente, e de outro, em grande medida, pela baixa cotação do barril de petróleo.
Assim, na hora combinada, o banco russo Vnesheconombank (Banco de Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Exteriores, equivalente ao BNDES), que devia bancar com até 85% do custo da barragem de Chihuido, em Neuquén, Patagônia, não depositou os US$ 2,6 bilhões prometidos, segundo noticiou Clarín de Buenos Aires.
O presidente russo tinha marcado uma conferência internacional para anunciar o histórico empréstimo como parte de sua promoção propagandística no continente. Mas não havia dinheiro…
A inesperada inadimplência também gerou problemas na Argentina, onde o governo da Província (equivalente a um estado brasileiro) protestou diante do governo nacional, responsável pelo acordo.
O fiasco russo foi envolvido numa cortina de fumaça burocrática, tendo o ministro do Planejamento, Julio De Vido, modificado o plano assinado. O fato caiu mal para as partes engajadas, estabelecendo-se uma confusão atribuída ao não cumprimento.
Porém, o governo de Neuquén acredita que isso não passa de manobra para esconder o fracasso do banco estatal russo.
O ministro De Vido foi a Moscou para falar com as autoridades desse banco e assinar uma porção de papéis para mostrar à imprensa. Mas, dinheiro mesmo, nada!
O banco russo também complicou o processo argüindo inesperados problemas de controle burocrático na construção da barragem.
Só faltou o Vnesheconombank mendigar dinheiro à Argentina…
Seja o primeiro a comentar!