Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:26:19 PM
Jean de Joinville, senescal de Champagne uniu-se à Sétima Cruzada organizada pelo rei São Luís IX em 1244.
Durante a campanha militar, Jean foi conselheiro e íntimo confidente do rei, participando de muitas de suas decisões.
Após a morte do rei santo, ocorrida na Tunísia em 1270 durante a Oitava Cruzada, a rainha Jeanne I de Navarra encomendou-lhe uma História de São Luís (Histoire de Saint-Louis), que o cronista completou em 1309.
São Luís já havia sido canonizado em 1297, processo que contou com os depoimentos de Jean de Joinville como antigo confidente.
Conta seu infaltável assesor e companheiro de armas, o senescal de Champagne:
Acontecia-lhe muitas vezes, depois da Missa, ir sentar-se no bosque de Vincennes, ao pé de um carvalho, e nos fazer sentar em torno dele.
Todos os que tinham problemas vinham lhe falar sem serem molestados por guardas ou quem quer que fosse.
E ele perguntava: “Há alguém aqui que tenha um adversário?”
Os partidos se levantavam: “Calai-vos, dizia o rei; resolver-se-ão vossos casos uns após outros”.Chamava, então, Monseigneur Pierre de Fontaines e Monseigneur Geoffroy de Villete e dizia a um deles: “resolvei este litígio”.
Percebendo alguma alteração necessária às proposições dos juízes, ou do partido contrário, não deixava de fazê-la pela sua própria boca.
Eu o vi algumas vezes no verão ir ao jardim de Paris para ter audiência, vestido de uma cota de camelo e de uma sobrecota sem mangas, um manto negro de seda em torno do pescoço, muito bem penteado e coberto simplesmente com um chapéu de plumas de pavão.
Fazia estender um tapete pelo solo e todo o povo acorria para lhe apresentar pedidos, ficando de pé à sua volta.
E ele resolvia os problemas de maneira que eu disse acima, quando falei do bosque de Vincennes.
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