Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 7 anos
Aladim encontrou no fundo de uma caverna a lâmpada encantada, da qual saía um poderoso e dócil gênio que em tudo o servia. Julgou assim poder assenhorear-se do mundo.
Os socialistas históricos também julgaram encontrar no obscuro fundo do marxismo a lâmpada mágica cujo gênio lhes asseguraria o poder mundial. “Karl Marx — alardeavam desde meados do século XIX — traça o futuro da humanidade”.
Desde 1848, quando Marx lançou seu “Manifesto”, o socialismo conseguiu eleger apenas dois presidentes na França. O mais recente deles, François Hollande, acaba de pregar o último prego no caixão do partido. Durante seu governo, o Partido Socialista encheu-se de rugas e berrugas. Nas rugas se veem as múltiplas disputas internas próprias à falta de rumo. E nas berrugas, excrescências ideológicas renegando a linha do partido.
Hollande não tinha força para fazer as necessárias purgas. De um lado, os oportunistas, apegados ao mando, dizendo-se moderados, propunham concessões ao empresariado a fim de melhorar as finanças. De outro, os socialistas integristas consideravam o empresariado como inimigo a abater. Hollande aumentava impostos e caía a produção. Criava empregos, mas não tinha como pagá-los. E da lâmpada encantada nenhum gênio saía.
François Hollande se esfumaçou. Não teve coragem de se apresentar como candidato à reeleição. A derrota do Partido Socialista foi a maior já sofrida em sua história: obteve 7,4 % dos votos, perdendo mais de 260 deputados. A ajuda pública aos partidos é proporcional ao número de deputados. Consequentemente, haverá uma ruína financeira da agremiação socialista.
Aladim e sua lâmpada vão sendo abandonados. Nas reuniões do PS francês já se fala em deixar sua sede, um palacete dispendioso na Rua Solferino. Espera-se pelo menos que, a fim de obter fundos, uma vez apagada a lâmpada de Aladim, o PS não tome os rumos do socialismo de Lula e do PT em sua opção preferencial por Ali Babá.
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