Artigos sobre Doutrina Católica.
Como tema para meditação, especialmente nos dias da Semana Santa, abaixo apresentamos excertos de conferência proferida por Plinio Corrêa de Oliveira em 10 de fevereiro de 1976 a sócios e cooperadores da TFP.
Ao celebrar a primeira missa no Cenáculo, Nosso Senhor ordena aos Apóstolos a fazer a mesma cerimônia dizendo: “Todas as vezes que fizerdes isto, fazei-o em minha memória”. Não se trata de mera recordação, mas de uma realidade que faz parte da Santa Igreja Católica e que os protestantes não possuem. Um ato do próprio Salvador do mundo, que Se serve do sacerdote para renovar o sacrifício que nos redimiu.
Ora, quantas e quantas vezes, é depois de termos glorificado a Nosso Senhor ardentemente, por nossos atos ou ao menos depois de termos tomado com os lábios ares de quem O glorifica, que caímos em pecado e O crucificamos em nosso coração!
A manifestação de tristeza de Nosso Senhor apresentada neste belo Crucifixo é pungente: os lábios abertos, os dentes separados, o queixo ligeiramente caído, dando a impressão de tal abandono de forças que há uma carência de energias até para manter cerrados os lábios. O olhar é distante, pairando na consideração de outra coisa muito diversa e que O enche de tristeza.
O que um católico fiel, cansado de interpretações equívocas e de falta de afirmatividade cristã, desejaria ver refletido no documento papal sobre o Sínodo para esclarecimento de sua consciência e paz de sua alma, uma vez que os meios católicos encontram-se atualmente imersos numa ambiguidade sinistra?
Desde a morte de São Pio X (1914), os meios católicos foram sendo modificados paulatinamente, os expoentes contrários ao modernismo foram afastados de seus cargos e substituídos por outros menos rigorosos e até defensores de doutrinas heterodoxas.