Meio rural e bom senso

Antigamente, fazendeiros residiam nas sedes das fazendas, mantendo os empregados em casas periféricas simples e uma vida próspera e tranqüila. Mas quando vem a reforma agrária...

Carta do Eng. Nestor Martins Amaral Júnior publicada no jornal Estado de Minas (Belo Horizonte,14/11) descreve realidade vivida por muitos leitores. Recordemos juntos.

“Antigamente, fazendeiros residiam nas sedes das fazendas, mantendo agregados em casas periféricas simples, com quintais, hortas, galinheiro, chiqueiro etc.

Esses peões, quando bons de serviço, tinham trabalho assegurado, razoável sobrevivência familiar, bom conceito e nome honrado.

Mas vieram as leis demagógicas e deram um basta nesse bom convívio, expulsando essa massa, que acabou desaguando nas favelas das grandes cidades.

Se havia um problema, este apenas foi deslocado de um local tranqüilo para um local perverso.

Aí, surge outra medida demagógica intitulada reforma agrária, pretendendo fixar essa massa onde hoje ninguém quer mais morar.

Os tempos são outros. O mundo tornou-se globalizado, cobrando eficácia e eficiência, atingíveis pela gerência da qualidade e produtividade. Isso requer tecnologia, capital e espírito de empreendimento.

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Limitação da propriedade rural ou estupidez? (Final)

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Se considerarmos que a área destinada aos minifúndios improdutivos da Reforma Agrária já ultrapassou toda aquela destinada à produção de grãos, laranja, cana, florestas para celulose, madeira e carvão.A solução portanto não é dividir ainda mais a propriedade, mas promover o contrário da Reforma Agrária, colocando os mais de 80 milhões de hectares no ciclo produtivo para o Brasil duplicar e até triplicar a sua produção.

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Limitação da propriedade rural ou estupidez? (II)

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Os dados que citei no artigo anterior desmerecem outros produtores menores? – Absolutamente não!O professor Marcos Fava Neves (FEA/USP – Campus Ribeirão Preto), em artigo para a Folha de São Paulo (25/09/2010), desmente com maestria os que querem contrapor o produtor familiar ao empresarial, sobretudo no “vale tudo” dos programas eleitorais.Comenta: “É importante que essas lideranças que criticam o agronegócio entendam que esse conceito foi criado em 1957 nos Estados Unidos (apenas em 1990 no Brasil) para dar o caráter de integração a agricultura".

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Limitação da propriedade rural ou estupidez? (I)

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Soa como boa música as palavras deste desbravador que se ufana de alimentar tanta gente. Ele não fala com orgulho, mas com altivez. Secundado pela família e pelos funcionários, atinge índices impressionantes de produtividade.Na verdade, um amigo me informara que uns mega-caminhões – 18 de uma só vez – carregaram numa determinada fazenda cerca de mil toneladas de feijão.Os motoristas – que tinham almoçado com os 1.300 funcionários do local – comentaram ter comido muito bem. A excelente qualidade do que é servido advém da supervisão de nutricionistas.

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Agronegócio e o lado errado do binóculo (II)
Agronegócio Brasileiro, nossa "galinha de ovos de Ouro"

Agronegócio e o lado errado do binóculo (II)

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“Não se mata a galinha dos ovos de ouro” Não sem razão, e com a fina capacidade de observação francesa, o insuspeito jornal de esquerda “Le Monde”, como que passando um recado ao governo brasileiro, comentou em meados de 2009: “Lula compreendeu rapidamente que cometeria um erro grosseiro dando as costas ao poderoso setor do agronegócio. Mesmo em nome da justiça social e do acesso à terra... Não se mata a galinha dos ovos de ouro”.Nesses últimos meses, por todo o Brasil ouvi repetida a expressão “São Pedro ajudou bastante”. Na linguagem coloquial dos ruralistas, isto significa que as chuvas foram abundantes, o que quase sempre concorre para o bom desempenho das atividades agropecuárias. Como conseqüência, esta será a maior safra de grãos da nossa história, e a próxima deverá superá-la.

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Agronegócio e o lado errado do binóculo (I)
Agrishows existem atualmente por todo o território nacional

Agronegócio e o lado errado do binóculo (I)

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Se numa cidade de 300 mil habitantes o MST conseguisse arrastar 30% da população para um evento favorável à Reforma Agrária, com certeza a notícia do fato seria estampada nas primeiras páginas dos nossos grandes periódicos, e até mesmo no exterior. De fato, um terço da população de Maringá-PR — cidade que leva o título de capital ecológica do Brasil, por ter o maior índice de arborização por habitante — acorreu pressurosa e ufana a um grande evento.Mas não se tratava de agitação esquerdista, e sim da recente exposição agropecuária, algo que fica nos antípodas do MST. E o leitor interessado terá de procurar muito, se deseja encontrar na imprensa alguma referência a essa grandiosa promoção do agronegócio.

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