Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 3 anos
No dia 11 vimos a vida de Santo Eulógio, pertencente ao clero de Córdoba, ao qual pertencia também outro sacerdote, Rodrigo, que foi do mesmo modo preso pelos islamitas e martirizado mais ou menos pela mesma época. Santo Eulógio escreveu o relato de seu martírio.
Córdoba era uma cidade em muitos pontos importante pelo nascimento de Sêneca, Lucano, Averróis, Gôngora. Foi tomada dos visigodos pelos árabes em 771, e atingiu no século X seu apogeu cultural. Mas acabou sendo reconquistada pelos espanhóis em 1236, comandados pelo glorioso São Fernando III de Castela, o Santo.
Rodrigo era um piedoso sacerdote convertido do islamismo, cumpridor dos deveres, e exemplo para os cristãos que viviam oprimidos sob o jugo muçulmano.
Desejando acrisolar sua virtude, o Senhor permitiu que um dia, numa briga entre seus dois irmãos, um católico e outro muçulmano, ele interviesse para acalmar os ânimos. O irmão muçulmano enfureceu-se, e o atacou tão violentamente infringindo-lhe tantas feridas, que ele perdeu os sentidos. O agressor divulgou então malevolamente por toda a cidade que Rodrigo se apartara da religião de Jesus Cristo. Como ele era muito conhecido nos meios católicos, isso provocou muito falatório.
Esperando que os ânimos se acalmassem para se justificar, Rodrigo retirou-se para uma serra, onde passou a levar vida de contemplativo. Num dia em que foi à cidade para se prover de alimentos, seu irmão muçulmano o viu e, vomitando ódio, o denunciou como apóstata do islamismo ao juiz de sua seita.
Rodrigo foi preso e julgado. Confessou então abertamente que “era cristão, e cristão hei de morrer”. O seguidor de Mafoma não quis ouvir mais nada, e o mandou para a enxovia.
Nela esse confessor da fé encontrou outro cristão, Salomão, preso também por ódio à fé. Segundo o Martirológio Romano, Salomão fraquejara uma vez, apostatando da fé. Mas depois, arrependido, a confessou corajosamente.
Uma estreita amizade se estabeleceu entre os dois confessores da fé, que fizeram a promessa de morrer juntos pelo sacrossanto Nome de Jesus Cristo. Converteram então sua cela no cárcere em oratório, onde bendiziam a Deus.
Sabendo disso, o juiz mandou separá-los. Dias depois, como foram baldados todos os esforços para os fazer renegar a fé, condenou-os à morte.
Os dois confessores foram conduzidos ao lugar do suplício à beira de um rio, onde confessaram de novo serem cristãos, e que morriam pela Fé católica, apostólica e romana. Puseram-se então de joelhos, abraçaram-se a um Crucifixo, e entregaram o pescoço aos verdugos, que lhes decepou a cabeça. Era o ano de 837. Esses dados chegaram até nós pelo Memorial de Santo Eulógio, obra que este santo escreveu em Córdoba em 852, mesma cidade em que Rodrigo e Salomão tinham sido mortos 15 anos antes.
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2539 artigosO Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.
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