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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

17/11 – Santa Isabel da Hungria, viúva

Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

4 minhá 6 anos


“Parece que Deus deu ao mundo esta gloriosa princesa para fazer ver até aonde pode ir a força da humildade cristã e o amor à cruz, o desapego das coisas da terra, o espírito de pobreza na felicidade de um ilustre nascimento, e o desejo de se despojar para revestir os pobres de Jesus Cristo”, diz o Pe. Giry, em sua biografia da Santa.

Santa Isabel nasceu em Presburgo, hoje Bratislava, no dia 7 de julho de 1207, numa família de santos. Era filha de André II, rei da Hungria, ilustre por sua piedade e justiça, e de Gertrudes, filha do Duque da Caríntia, da família dos Condes Andechs-Meram. Por sua mãe, Isabel era sobrinha de Santa Edviges, duquesa da Silésia e da Polônia. Por seu irmão Bela IV, grande e santo rei que sucedeu seu pai no trono, foi tia de Santa Cunegundes, que conservou a virgindade no casamento com Ladislau, rei da Polônia, e de Santa Margarida da Hungria, que se santificou no claustro. O segundo irmão de Isabel, Colomã, foi rei da Galícia e príncipe da Rússia, e guardou continência perpétua com a bem-aventurada Salomé da Polônia, sua esposa. Por fim, Santa Isabel da Hungria foi tia-avó de outra grande Santa, sua homônima, rainha de Portugal, e prima segunda de Santa Inês de Praga. É uma glória que é só da Idade Média a de ter tantos santos assim nos mais altos escalões da sociedade.

Em 1211 o landgrave Herman I, duque da Turíngia, príncipe de Hesse e da Saxônia e conde palatino, pediu ao rei da Hungria a pequena Isabel em casamento para seu filho Luís. Em conseqüência, seguindo os costumes da época, a menina foi enviada à Alemanha aos quatro anos de idade, para ser educada com o futuro esposo, que tinha na ocasião 11 anos de idade.

Não obstante a turbulência e a vida puramente secular da corte e a pompa dos que a cercavam, a pequena cresceu muito religiosa, com evidente inclinação para a prece, e piedosa observância de pequenos atos de auto-mortificação.

Os dois futuros esposos se davam muito bem, apreciando respectivamente cada um a virtude do outro.

Quando Luís tinha vinte anos, e Isabel quase catorze, realizou-se o casamento.

Por amor a brevidade, não narraremos o milagre das rosas, muito conhecido. Isabel via nos pobres outras figuras de Cristo padecente, e socorria-os com maternal afeto.

No ano de 1227, acudindo à voz do Sumo Pontífice que convocava uma quinta cruzada para reconquistar o Santo Sepulcro, Luís, como verdadeiro príncipe cristão, alistou-se, para acompanhar o imperador Frederico II. O valoroso príncipe morreu da peste em Otranto, antes de chegar a Jerusalém

Começou então para Isabel o que poderíamos chamar de “sua paixão”. Seu cunhado, que deveria ser o regente por causa da minoridade de seu filho de somente cinco anos, a crermos em quase todas as biografias correntes da santa, deu-lhe ordem de sair do castelo, nada levando, a não ser os filhos. Isabel apenas murmurou: “Levaram-me tudo, mas ainda tenho a Deus”.

De sua união com Luís, Santa Isabel tinha três filhos: Hermano, nascido em 1222; Sofia, em 1224 e Gertrudes, em 1227, todos ainda muito pequenos, sendo a última de apenas dois meses de idade. Eles acompanharam a mãe em sua desgraça.

Isabel e os filhos viveram então da caridade alheia, até que os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque da Turíngia à cruzada voltaram, trazendo seu corpo. Corajosamente enfrentaram os Príncipes, irmãos do duque falecido, e exprobaram-lhes a crueldade praticada contra a viúva de seu próprio irmão e contra seus sobrinhos. Os príncipes não resistiram às palavras dos cavaleiros e pediram perdão a Santa Isabel e a restauraram em seus bens e propriedades. Graças a isso, seu filho foi declarado herdeiro, sob a tutela do tio.

Santa Isabel foi fortemente influenciada pela espiritualidade franciscana, cuja Ordem surgiu naquela época. Por isso, na Sexta-feira Santa de 1228, foi recebida na Ordem Terceira de São Francisco com duas de suas damas.

Santa Isabel faleceu na noite de 19 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, sendo canonizada em 1235, tal era a fama de sua santidade.

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