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29/01 – São Pedro Nolasco, Confessor

Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

3 minhá 4 anos


Este Santo que, ao que tudo indica, nasceu na Aquitânia no início do século XIII, mudou-se cedo para Barcelona e fundou, com São Raimundo de Penhafort e o rei Jaime I, por ordem de Nossa Senhora, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos Cativos.

Aos 15 anos morreu seu pai, e o adolescente tornou-se herdeiro de grandes possessões. Secundado pela mãe, começou a fazer muitas esmolas, principalmente em favor dos pobres.

Depois de uma peregrinação à Virgem de Montserrat, prometeu a Nossa Senhora dedicar-se inteiramente a seu serviço.

Naquele tempo o problema social mais doloroso era a escravidão a que estavam sujeitos muitíssimos cristãos entre os muçulmanos, principalmente na África. Diante dos horrores que sofriam, muitos deles apostatavam, perdendo-se para sempre.

Inspirado por Deus, Pedro começou a gastar sua grande fortuna para resgatar o maior número possível deles. Para isso, organizava expedições à terra dos mouros, voltando com grande número de cativos cristãos resgatados.

Como dizem as antigas narrações, sucedeu então que, uma noite em agosto de 1218, Nossa Senhora apareceu-lhe e ao rei Jaime I, de Aragão, amicíssimo do Santo, e lhes recomendou fundarem uma comunidade de religiosos dedicados exatamente a libertar os cristãos que gemiam nos cárceres islamitas.

Os dois amigos consultaram seu diretor espiritual, que era São Raimundo de Penhaforte, e este os levou ao bispo de Barcelona, o qual aprovou a obra. Então Pedro Nolasco fez ante o bispo os três votos de religião, acrescentando um quarto que era o de dedicar sua vida procurando libertar os cristãos cativos dos muçulmanos. Nascia assim  a Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos Cativos.

O papa Gregório IX a aprovou em 1235, dando-lhe as regras de Santo Agostinho. Ela era formada por religiosos e cavaleiros, que receberam a instituição canônica do bispo de Barcelona, e a investidura militar do rei Jaime I. Os mercedários, aos três votos de religião, acrescentavam um quarto, que é heroico: entregar-se como reféns se não tinham o dinheiro necessário para o resgate do cativo. Eles cumpriram a promessa feita, entregando-se com ardor à redenção dos que gemiam nas masmorras islamitas na África.

São Raimundo pregou com grande entusiasmo em favor da nova Ordem, atraindo muitos para sua grei. Os religiosos usavam uma túnica branca, e uma grande cruz ao peito. São Pedro Nolasco foi nomeado Superior Geral. Como ele tinha sido um bom comerciante, organizou tecnicamente em várias cidades as coletas em favor dos escravos, e com isto obteve abundantes recursos com os quais logrou a liberdade de muitíssimos cristãos. Em sua história constam, perfeitamente documentadas,  mais de 80 mil cristãos redimidos.

São Pedro Nolasco ajudou o rei Dom Jaime I a conquistar para os cristãos a cidade de Valência, que estava em poder dos mouros, e o rei, atribuindo sua vitória às orações do Santo, em agradecimento, fundou nessa cidade várias comunidades de Mercedários. São Pedro também acompanhou o rei São Fernando III de Castela na reconquista de Sevilha, e lá fundou um mosteiro de sua Ordem.

Numa de suas incursões na terra dos mouros, São Pedro Nolasco ficou preso na Argélia para servir de prisioneiro no lugar de outro cristão, até chegar seu resgate. Ele renunciou ao cargo de Superior em 1249, devido à sua saúde, e foi substituído por William de Bars.

São Pedro Nolasco partiu para a eternidade aos 77 anos, no dia 29 de janeiro de 1255, e foi canonizado pelo papa Urbano VIII, em 1628.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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