Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 8 anos
O presidente José Manuel Santos, da Colômbia, acaba de regressar de Havana, onde anunciou, juntamente com o ditador Castro e as FARC, que está próximo um “acordo final de paz” que beneficiará generosamente os narco-guerrilheiros colombianos.
Em sentido diametralmente oposto, em uma de suas declarações públicas na Colômbia, após chegar de Havana, Santos advertiu com inusitada gravidade que os aproximadamente 1.300 cubanos que fugiram da Ilha-prisão [foto abaixo] e que se encontram na cidade de Turbo (na selva Darién), na fronteira com o Panamá, serão inexoravelmente deportados para Cuba.
Essa desumana decisão foi confirmada pelo diretor de Imigração da Colômbia, Christian Krüger, que ao sair de uma reunião com o presidente Santos afirmou com não menor crueldade: “Aqueles que não abandonarem o país voluntariamente serão deportados.”
A severidade de tal afirmação é agravada pelo fato de que, para os 1.300 cubanos — entre os quais há crianças, anciãos e mulheres grávidas — deixarem “voluntariamente” o país, significa que deverão penetrar na selva de Darién, uma das mais fechadas e perigosas da América Latina e do mundo. Ou seja, essa “deportação” significa empurrá-los para a morte quase certa.
Enquanto isso, o Papa Francisco, que durante sua visita a Cuba prometeu ir à Colômbia se o “acordo de paz” com as FARC fosse assinado, e que tanto falou sobre os direitos humanos dos imigrantes, pelo que nos consta, permanece em silêncio sobre o drama desses mais de mil cubanos prestes a serem devolvidos para a Ilha-prisão de Cuba. Por que as palavras do Papa e as posições “politicamente corretas” se aplicam somente aos imigrantes, sobretudo os muçulmanos, sendo delas excluídos os cubanos que fogem do regime comunista?
Trata-se de uma cruel injustiça e falta de misericórdia para com os oprimidos do regime comunista que clamam aos céus. Será o silêncio de Francisco uma exigência de Havana?
(*) Notas de “Destaque Internacional”. Documento de trabalho, em 4 de agosto de 2016. Este texto, traduzido do original espanhol por Paulo Roberto Campos, pode ser divulgado livremente.
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