Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 6 anos
Observando esta foto, a primeira impressão que se tem é a do risco na marcha do cavalo e do cavaleiro diante do perigo. Há um gosto, uma espécie de alegria e euforia, em a pessoa se atirar dentro do risco.
Tem-se a impressão de que o risco produz psicologicamente, no cavalo e no cavaleiro, um arejamento fresco e agradável. Cavalgar dentro do risco e do imprevisto, improvisando atitudes necessárias — ora avançando, ora recuando, e várias outras atitudes tomadas de acordo com certa regra — faz a beleza do rejoneo, que é a tourada realizada a cavalo. Nesse evento o cavalo deve correr muitíssimo bem e avançar com passo lindo e audacioso. Mereceria ter o nome de Relâmpago ou de Corisco.
O animal age por instinto, mas dir-se-ia que esse cavalo tem noção raciocinada do que está ocorrendo, e acha uma verdadeira beleza jogar-se para frente e raspar no perigo. Tem-se a impressão de um bem-estar do cavalo na hora em que o touro avança contra ele. Roça no perigo, mas sai com elegância, como se dissesse: “Touro, não és senão touro; eu sou superior, sou um cavalo — sou elegância, força e garbo. Tu és massa bruta, és mera força. E por causa disso eu posso raspar-me em ti, posso até permitir que teu chifre me risque, para eu ter a alegria de passar rente ao perigo e sair vitorioso. Tu és apenas uma almofada na qual se cravam as banderillas”.
Reações assim lembram as reações do espírito humano. Colocados diante do perigo em várias circunstâncias da vida, certos homens têm atitudes como essas. Não é só o perigo da morte, mas também o perigo que se corre numa argumentação ou numa jogada política, numa manobra arriscada. Há homens que se saem assim.
Agrada-nos ver no touro aquela força, mas ele tem apenas a força bruta, não tem expressão, não tem nada de “humano” na sua atitude. No cavalo há algo que lembra reações humanas, e por suas atitudes ele parece transcender da mera condição de bicho, entrando um pouco no reino dos homens.
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Plinio Corrêa de Oliveira
557 artigosHomem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".
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