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A homofobia, o STF, a religião e a opinião de renomados cientistas


Teve início na quinta-feira passada no STF a votação das ações que pedem a criminalização da homofobia e da transfobia. O relator foi o Ministro Celso de Mello. O seu voto fez-me lembrar de Gilmar Mendes quando declarou: “De vez em quando somos esse tipo de Corte que proíbe a vaquejada e permite o aborto”[1]. Essa mesma Corte que, de vez em quando, permite o aborto, pode vir a  condenar pessoas contrárias à prática do homossexualismo, mesmo se por questões morais ou religiosas.

Durante o seu voto, o Min. Celso de Mello atacou uma declaração da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que, ao assumir o cargo, afirmou: “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”. Segundo o ministro: “Essa visão de mundo fundada na ideia artificialmente construída de que as diferenças biológicas entre homem e mulher devem determinar seus papéis sociais, ‘meninos vestem azul e meninas vestem rosa’, essa concepção de mundo impõe notadamente em face dos integrantes da comunidade LGBT uma inaceitável restrição a suas liberdades fundamentais, submetendo tais pessoas a um padrão existencial heteronormativo incompatível com a diversidade e o pluralismo que caracterizam uma sociedade democrática, impondo-lhes ainda a observância de valores que além de conflitar com sua própria vocação afetiva, erótico-afetiva conduzem à frustração de seus projetos pessoais de vida”.[2]

O Min. Celso de Mello, sem perceber a contradição de seu argumento, chega a chamar de “cultores da ignorância” e “mentes sombrias” as pessoas que não concordam com o vício do homossexualismo: “Eu sei que em razão deste voto e da minha conhecida posição em defesa dos direitos das minorias que compõem os denominados grupos vulneráveis, serei inevitavelmente mantido no índex dos cultores da intolerância, cujas mentes sombrias que rejeitam o pensamento crítico, que repudiam o direito ao dissenso, que ignoram o sentido democrático da alteridade e do pluralismo de ideias, que se apresentam como corifeus e epígonos de sectárias doutrinas fundamentalistas, desconhecem a importância do convívio harmonioso e respeitoso entre visões de mundo antagônicas.” (grifo nosso)

O que está em jogo é, exatamente, calar o dissenso a respeito do tema do homossexualismo, impondo uma espécie de dogma laico contra a moral Católica, cujos transgressores estariam sujeitos até mesmo à pena de prisão. Há algo mais radicalmente contrário ao senso crítico e ao pluralismo de idéias do que ameaçar de prisão quem não concorda com a prática homossexual? Não seria isso algo fundamentalista, sectário e desrespeitoso?

Todos os brasileiros são defendidos pela Lei quando agredidos. Querer criar uma categoria de pessoas cuja prática moral não pode ser discutida não é defender o pluralismo de idéias, mas silenciar e perseguir os contrários.

Causa estranheza ainda o fato de Celso de Mello ter apoiado a sua argumentação na feminista francesa Simone de Beuvoir, que diz: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Tal afirmação não tem base científica, como observaram o Prof. Shmauel Pietrovski e o Dr. Moran Gershoni, pesquisadores do Departamento de Genética Molecular do Instituto Weizmann de Ciências. Esses pesquisadores revelaram que cerca de 6.500 genes humanos codificadores de proteínas reagem de forma diferente nos sexos masculino e feminino.

Os referidos cientistas identificaram milhares de genes através de um grande estudo da expressão genética humana em órgãos e tecidos do corpo de aproximadamente 550 doadores adultos. “Este estudo – comentam – permitiu, pela primeira vez, o mapeamento integral da estrutura genética do sexo humano diferencial”.

A Dra. Michelle Cretella, M.D., presidente do Colégio Americano de Pediatria (foto ao lado), por sua vez, declarou que “homem e mulher não podem ser tratados igualmente em medicina. Por causa dessas diferenças genéticas, mulheres são mais propensas a doenças autoimunes do que homens. Devemos tratar nossos pacientes de acordo com sua biologia, não de acordo com suas percepções ilusórias.”

Além do mais, a palavra “homofobia” não aparece nos dicionários antigos, como o “Aurélio”, por exemplo. Ela foi criada pelo psicólogo norte americano George Weinberg em 1966, a pedido de uma organização denominada Gay Activist Alliance (GAA). Esse psicólogo publicou em 1972 o livro Society and the Healthy Homosexual (capa ao lado), no qual forjou o termo “homofobia”.

Para o psiquiatra peruano, Honório Delgado MD (1892-1969), fobia é uma obsessão sob a forma de temor patológico. Em artigo publicado no site do IPCO em 29 de março de 2011, observou Alejandro Ezcurra:

Em psiquiatria, fobia é uma obsessão sob a forma de temor patológico. Só ocorre em casos extremos e muito específicos: pode haver fobias, por exemplo, contra o que ameace a saúde ou a integridade de uma pessoa. Mas seria absurdo qualificar de fóbico a quem, por exemplo, evita normalmente aquilo que prejudica sua saúde ou sua integridade física. E muito menos se pode carimbar de “homofóbica” — ou seja, de doentes mentais! — a esmagadora maioria de pessoas que, em países como o Brasil, seguindo princípios de razão natural ancorados na Lei moral e admitidos unanimemente durante milênios por todos os povos civilizados, defendem a saúde do organismo social e desejam proteger a família face à presente ofensiva publicitária e legal de poderosos lobbies homossexuais. Até agora ninguém conseguiu demonstrar a existência de tal patologia, nem poderá fazê-lo. Mais fácil será demonstrar que existe o lobisomem ou a sereia… Em suma, o epíteto só procura neutralizar a reação das grandes maiorias e estigmatizar os que se preocupam deveras pelo porvir da Nação e da família, e pela proteção à população infantil.”[3]

O Cardeal Gerhard Ludwig Müller Prefeito Emérito da Congregação para a Doutrina da Fé (foto ao lado), declarou que a palavra homofobia é uma invenção do lobby homossexual para o “domínio totalitário” sobre as mentes dos outros.

“A homofobia – afirma o Cardeal – simplesmente não existe, é claramente uma invenção, um instrumento de dominação totalitária sobre o pensamento dos outros. O movimento homossexual carece de argumentos científicos e por isso construíram uma ideologia que quer dominar, buscando construir a sua realidade. É o esquema marxista, segundo o qual não é a realidade que constrói o pensamento, mas o pensamento que constrói a realidade. Quem não aceita esta realidade deve ser considerado doente. Como se, entre outras coisas, pudéssemos agir contra a doença com a polícia ou com os tribunais”.[4]

*      *     *

A ideologia de gênero, sem base científica e sem o apoio do público – como tem demonstrada a calorosa receptividade da população aos jovens caravanistas do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira em todo o território nacional -, quer impor-se por medidas judiciais. Se for aprovada a criminalização da homofobia, como quer o Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero, teremos no Brasil uma severa perseguição, inclusive com prisões, contra as pessoas, religiosos ou pais de famílias, que dentro da Moral e dos bons costumes se opuserem a tal investida do lobby homossexual. Estaria caracterizada uma verdadeira ditadura homossexual.

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Referências:

[1]http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/de-vez-em-quando-somos-esse-tipo-de-corte-que-proibe-a-vaquejada-e-permite-o-aborto-provoca-gilmar/ 

[2] https://oglobo.globo.com/sociedade/relator-de-acao-no-stf-ataca-homofobia-mas-defende-poderes-do-congresso-23453519

[3] https://ipco.org.br/confirmado-a-homofobia-nao-existe/#.WnjxlainHIU

[4] https://www.acidigital.com/noticias/a-homofobia-nao-existe-e-e-uma-invencao-de-dominio-totalitario-assegura-cardeal-45749

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Jurandir Dias

Jurandir Dias

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(jornalista MTb 81299/SP) colabora voluntariamente com o site do IPCO.

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