Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
Santa Teresa d'Ávila, com sua idade avançada e olhar tranquilo, revelava a grandeza de sua alma. Enquanto Santa Teresinha do Menino Jesus, com traços regulares e suavidade, contrastava com a força interior da primeira, mas também possuía um potencial influenciador.
1 min — há 1 ano — Atualizado em: 10/17/2023, 8:52:17 AM
Santa Teresinha
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 874, Outubro/2023
Lembro-me de um quadro de Santa Teresa de Jesus, que a representava com o traje simples das carmelitas. Um rosto bem feito, bem conformado, mas comum. A idade caminhando para o ocaso, mas a cabeça tão bem posta, o pescoço emergindo com distinção, com postura, o olhar contemplando um ponto indefinido, com tanta naturalidade e fixidez, que se poderia dizer: “Alma é isto! Esplendor é isto!”
Santa Teresa [d´Ávila ou de Jesus, nascida Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada (1515-1582)] era capaz de olhar para o mais alto pontífice, para o mais majestoso rei, e mesmo para um anjo, de frente e com calma, sem se apavorar, respeitosa, sem desafiar, nem fazer arrogância, mas com naturalidade, porque habitava nela uma tal grandeza que tem nexo com aquilo que podemos imaginar de mais elevado: a alma da grande santa.
Quando pensamos na alma de Santa Teresinha do Menino Jesus — aparentemente tão diferente de Santa Teresa d’Ávila, que tinha em si a beleza espiritual de todas as guerras da Reconquista espanhola —, notamos a beleza espiritual de todos os charmes e de todas as belezas do “doux pays de France” [o doce país de França]; traços extraordinariamente regulares, esteticamente muito bonitos; nada que lembrasse aquela força de Santa Teresa d’Ávila, a não ser os grandes olhos dentro dos quais se percebia o mar. Um mar plácido, é verdade, mas cujos movimentos podiam influir em toda a Humanidade.
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Excertos de conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 21 de outubro de 1978. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.
Plinio Corrêa de Oliveira
557 artigosHomem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".
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