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5 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:50:43 PM
A Amazônia é a maior floresta tropical úmida da Terra. E o Saara é o maior e mais quente deserto do mundo.
Na aparência, nada de mais diverso e sem relação. Uma imensa selva verde úmida no coração da América do Sul, e um intérmino areal, composto de poeira e pedra, onde sopram ventos ardentes no norte da África.
Se, por ventura, os dois estivessem vitalmente unidos e o mais pleno de vida dependesse do mais morto para sobreviver, quem ou o quê poderia ter criado essa inter-relação?
Por certo, uma interdependência tão profunda foge à imaginação humana e a qualquer procedimento também humano.
Também fugiria às regras da teoria da evolução de Darwin, segundo a qual um animal procede de outro, e esse de outro, por uma série intérmina e jamais demonstrada de mutações atribuíveis ao azar e à necessidade.
Há, porém, um fenômeno que envolve ventos e minérios sem vida e que sustenta a vida vegetal e animal na maior floresta tropical úmida do planeta.
Chegando no III milênio a ciência com seus mais avançados instrumentos pode documentar e mensurar esse fenômeno colossal.
Ele une essas duas imensas realidades geográficas tão dissemelhantes passando por cima de um oceano.
Pela primeira vez um satélite da NASA mensurou em três dimensões a quantidade de poeira do Saara trazida pelos ventos por cima do Atlântico.
E calculou não só a poeira, mas também o fósforo que vem no meio dela: 22.000 toneladas de fertilizante puro, do qual a Amazônia depende para existir.
A equipe comparou o conteúdo de fósforo da poeira do Saara na depressão de Bodélé com dados das estações científicas de Barbados, no Caribe, e de Miami, nos EUA.
Os resultados do estudo foram publicados na Geophysical Research Letters, revista da American Geophysical Union, segundo divulgou a NASA (vídeo embaixo).
O líder do trabalho foi Hongbin Yu, cientista da atmosfera da Universidade de Maryland que trabalha no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. Yu e sua equipe fizeram os cálculos com base em dados coletados pelo satélite Calipso, da NASA, entre 2007 e 2013.
Segundo Yu, a poeira é especificamente levantada na Depressão de Bodélé, no Chade, um antigo lago seco cujas rochas compostas por micro-organismos mortos estão carregadas de fósforo, nutriente essencial para o crescimento das plantas e do qual a Amazônia depende para florescer.
Os nutrientes são escassos no solo amazônico e alguns deles, como o fósforo, são lavados pelas chuvas que em princípio condenam a floresta à morte.
Porém, segundo Yu, o fósforo que chega do Saara, estimado em 22.000 toneladas por ano, é aproximadamente a mesma quantidade perdida pelas chuvas e pelas enchentes.
Esse fósforo corresponde a apenas 0,08% das 27,7 milhões de toneladas de poeira do Saara depositadas anualmente na Amazônia.
No total, os ventos carregam cada ano 182 milhões de toneladas de poeira. O volume equivale à capacidade de carga de 689.290 caminhões. O pó viaja 2.800 quilômetros sobre o Atlântico, até cair na superfície arrastado pela chuva.
Perde-se uma parte pelo caminho. Chegando à costa do Brasil, ficam ainda no ar 132 milhões de toneladas e, afinal, 27,7 milhões de toneladas – capazes de encher 104.908 caminhões – caem sobre a superfície da bacia Amazônica. Outros 43 milhões de toneladas seguem para o Caribe.
É o maior transporte de poeira do planeta. Há importantes variações segundo os anos, dependendo dos ventos e de outros fatores.
Desta maneira o deserto morto sustenta a vida na exuberante floresta amazônica tropical e úmida. Sem o deserto a Amazônia não existiria.
Há certos fenômenos naturais que nos obrigam a reconhecer um Criador de uma sabedoria e de um poder infinitos.
Isso apesar de estudos avançados, dos quais pouco sabemos, que chegam ao absurdo de dizer que o ecossistema do planeta depende de nós.
Sem o homem saber, desde que o Saara e a Amazônia existem o pó fertilizante do Saara chega na dose certa, aliás colossal, todo ano, por cima do Atlântico.
Quem tem a sabedoria para imaginar esse processo sustentador de uma floresta como a amazônica da qual depende a Terra toda, a outros títulos?
Quem tem o poder para criar e depois garantir esses processos em sua regularidade constante há milênios?
Sem dúvida a ciência presta um inestimável tributo com uma descoberta como esta que postula a existência de um Deus criador e sustentador do céu e da terra.
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