Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 3 anos — Atualizado em: 11/8/2021, 4:37:49 AM
Em artigos anteriores abordamos modo de ensinar o brasileiro, como levar o nosso povo a “explicitar” aquilo que ele tão facilmente intui. Somos ágeis na percepção e preguiçosos em colocar “ad extra”, em externar nossas impressões. A tempestade de informações provenientes da midia e do smartphone agravam esse defeito nacional. https://ipco.org.br/ajudando-o-jovem-a-ser-ele-mesmo-brasil-vs-novo-normal/
Deixemos um pouco a teoria e vamos aos exemplos.
A ciência técnica e fria não dá o melhor do conhecimento da coisa, por exemplo, “um indivíduo que fizesse um estudo sobre frutas e que nunca tivesse comido uma fruta. Pode ter mil conhecimentos de um pêssego, mas um camponês que comeu um pêssego tem, sobre o pêssego, certo tipo de conhecimento, que é superior, por algum lado, ao de todos os outros cientistas que dissertassem sobre a fruta,” conclui o Prof. Plinio. É a diferença que vai de um pêssego de cera para o sabor de um pêssego real.
Outro exemplo é a secção “Ambientes, Costumes, Civilizações que “tinha por meta mostrar que a vida de todos os dias, em seus aspectos-ápice ou triviais, é suscetível de ser penetrada pelos mais altos princípios da Filosofia e da Religião.”
Ela, além de nos ajudar a externar as impressões “procura corrigir essa lacuna, ensinando-nos a tomar uma atitude de vigilância contrarrevolucionária em relação a uma civilização que é toda ela imbuída de um espírito péssimo; ensinando-nos também a dar carne, por assim dizer, aos princípios que aprendemos em abstrato no catecismo. Quer dizer, conhecendo as coisas em que por assim dizer, elas se corporificam, ou se exemplificam, nós então temos desses princípios uma noção muito mais real. É para isto que a seção “Ambientes, Costumes” é feita. É para dar portanto vida ao ensino da doutrina católica.”
Escreveu o Prof. Plinio:
“Foi também em “Catolicismo” que criei e mantive, durante vários anos, a seção Ambientes, Costumes, Civilizações, por muitos apontada como a expressão rica e original de uma escola de produção intelectual.
“Essa seção constava da análise comparativa de aspectos do presente e do passado, tendo por objeto monumentos históricos, fisionomias características, obras de arte ou de artesanato, apresentados ao leitor através de fotos.
“Tal análise, feita à luz dos princípios que explicitei em Revolução e Contra-Revolução, tinha por meta mostrar que a vida de todos os dias, em seus aspectos-ápice ou triviais, é suscetível de ser penetrada pelos mais altos princípios da Filosofia e da Religião.
“E não só penetrada, mas também utilizada como meio adequado para afirmar ou então negar — de modo implícito, é verdade, mas insinuante e atuante — tais princípios. De tal forma que, freqüentemente, as almas são modeladas muito mais pelos princípios vivos que pervadem e embebem os ambientes, os costumes e as civilizações, do que pelas teorias por vezes estereotipadas e até mumificadas, produzidas à revelia da realidade, em algum isolado gabinete de trabalho ou postas em letargo em alguma biblioteca empoeirada.
“De onde a tese de Ambientes, Costumes, Civilizações consistir em que o verdadeiro pensador também deve ser normalmente um observador analista da realidade concreta e palpável de todos os dias. Se católico, esse pensador tem ademais o dever de procurar modificar essa mesma realidade, nos pontos em que ela contradiga a doutrina católica.” https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Ambientes.asp
A recente publicação da Editora Petrus, outubro de 2021, “Ambientes, Costumes, Civilizações“, uma compilação dos artigos do Prof. Plinio, em “Catolicismo“, ilustrada, diagramada em formato acessível, apresentação gráfica atraente nos mostra um exemplo concreto da “escola”, do “método de ensino” que mais desperta interesse ao brasileiro. A partir do “concreto” (personagens, paisagens, gravuras, monumentos etc) explicitar as impressões, torná-las “ad extra” e relacioná-las com os principios da Lei Natural, da Lei Moral, das teses do livro Revolução e Contra-Revolução. https://livrariapetrus.com.br/produto/ambientes-costumes-e-civilizacao/
A “escola de formação” implícita nessa obra é, a nosso ver, um poderoso complemento na formação intelectual e moral do jovem brasileiro. Nossa percepção ágil dos ambientes é convidada a “explicitar-se” durante a leitura de cada um desses artigos.
Educere, vem do latim: ajudar outrem (o aluno) a tirar de si, estimular as suas potencialidades. Não se trata apenas de Educare, que também está na raiz de Educação, é a formação de fora para dentro. São complementares numa boa Educação.
O Prof. Plinio trata de outras formas auxiliares na educação (educere), na formação de jovens: a transcendência, a quarta via, a procura do absoluto. Todas elas estimulando as qualidades do brasileiro ou combatendo a nossa tendência à dispersão, a submissão à tempestade de informações, tão características da era digital.
Queira Nossa Senhora da Luz abençoar essa iniciativa para a reconquista intelectual e moral de nossa juventude rumo à realização da missão providencial de nosso Brasil. Esse ainda será um grande País!
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