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Ameaças de morte a bispos brasileiros? Esquerdismo anti-vida ousa o inimaginado


Luis Dufaur

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos.

Uma situação perigosamente anormal vem crescendo no campo religioso. A posição multissecular da Igreja Católica ‒ e da Lei Natural ‒ defendida por destacados bispos brasileiros vem causando um furor anti-católico nas esquerdas.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos, foi objeto de ameaças de morte que proviriam de seguidores de alguns partidos políticos, por causa de suas notórias posições contra o aborto e pela vida humana.

Radio Vaticana ecoa

A crise já reboa no exterior. A Radio Vaticana diz que “infelizmente não se trata de um caso isolado: receberam ameaças explícitas, informa a agência vaticana Fides, também o bispo de Lorena, D. Benedito Beni Dos Santos, e o bispo de Santo André, e presidente da Regional Sul 1, D. Nelson Westrupp.”

Por sua parte, a Agência Católica Internacional divulgou a seguinte matéria:

Ações de Dom Bergonzini estão “dentro da normalidade” indica presidência da CNBB
Acima do bispo só está o papa, destacou Dom Geraldo.

BRASILIA, 22 Out. 10 / 02:40 pm (ACI).- Em uma entrevista coletiva concedida ontem na Sede da CNBB em Brasília, Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da entidade afirmou sobre as recentes ações do Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que estas estiveram “dentro da normalidade”.

Em julho deste ano o bispo de Guarulhos escreveu um artigo orientando os fiéis a não votarem por candidatos que proponham a liberação do aborto e chegou a ser ameaçado de morte.

Dom Lyrio Rocha destacou que cada bispo tem o direito de orientar os fiéis de sua diocese como desejar e que a CNBB não tem qualquer poder de interferência em dioceses.

“Acima do bispo no governo da Igreja só existe uma autoridade: o Papa”, afirmou o presidente da CNBB quem também desmentiu que haja uma ruptura no episcopado brasileiro sobre o tema do aborto.

Dom Geraldo destacou também que “a CNBB não aponta candidatos nem partido, ela indica critérios para que o cidadão cristão, orientado nesses critérios, possa exercer o voto.”

O presidente da entidade considerou positivo que o tema do aborto esteja sendo discutido na eleição.

“Não vamos ter um Estado Laico, mas uma ditadura laica”.

Além disso, o arcebispo afirmou que o fato de o Brasil ser um “Estado laico” não impede o debate sobre temas ligados à religião nas eleições. “Estado laico não é sinônimo de estado ateu, antireligioso ou areligioso. O estado brasileiro é laico, mas a sociedade brasileira não é laica, é profundamente religiosa, não estou dizendo só católica, mas evangélica, afro, dos cultos indígenas”.

Dom Geraldo ressaltou que a laicidade do Estado deve garantir à Igreja o direito de se pronunciar sobre quaisquer questões. “O argumento de que o Estado é laico, às vezes, é mal usado. Por que a Igreja não pode expressar o seu ponto de vista a respeito dessas questões?

A Igreja está propondo à sociedade aquilo que é da sua convicção. Um Estado laico deve garantir que a Igreja Católica expresse sua posição, como também as outras religiões, porque se Estado Laico for confundido com o Estado que não permite posições discordantes, não vamos ter um Estado Laico, mas uma ditadura laica”.

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Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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