
Em abril, a Argentina foi um imenso cenário para mais um panelaço convocado por blogueiros contra o governo da presidente Cristina Kirchner. Foi o terceiro em sete meses.
Os políticos opositores, não menos desclassificados aos olhos dos manifestantes, saíram às ruas correndo o risco de passar vergonha. Para eles era tudo ou nada.
O presidente da oposicionista União Cívica Radical (UCR), Mario Barletta, fez um apelo horas antes do panelaço: “Temos de conquistar as ruas para derrotar a corrupção”. Mas a opinião pública argentina acha que a derrota da corrupção passa pelo saneamento de partidos ou de políticos como os da UCR.
O governo está com a popularidade em baixa. Os panelaços cresceram vertiginosamente. Se em 13 de setembro de 2012 cerca de 200 mil pessoas protestaram nas ruas de Buenos Aires, em 8 de novembro do mesmo ano elas eram 700 mil, além de outras 500.000 no resto do país. (mais…)