Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
10 min — há 4 anos — Atualizado em: 9/23/2020, 7:00:55 AM
Produtividade que incomoda e gera caluniadores
Dom Bertrand de Orleans e Bragança
Hélio Brambilla, Nelson R. Barretto e Paulo Henrique Chaves
O Brasil foi violentamente golpeado pela mídia, em âmbito internacional, a propósito do Sínodo da Amazônia. A mesma parcela da grande mídia serviu-se também da marionete Greta Thunberg e do establishment mundial para superdimensionar as queimadas na Amazônia, espalhando a falsidade de que ela estaria sendo destruída; mas ao mesmo tempo poupava a Austrália, cujo incêndio consumiu território equivalente ao de Portugal.
As tubas da mídia esquerdista promoveram, também no Brasil, um estrondo publicitário de caráter ambientalista, com base em tais notícias, ameaçando o País com a suspensão de fundos de investimento internacionais. Ao que tudo indica, submissos à palavra de ordem da ‘Nova Inquisição Ambiental’ dirigida por Macron e Merkel.
Cá e lá, desmatamentos há
Bem ao contrário das notícias, a realidade grita alto. Dados do INPE negam aumento das queimadas na Amazônia, pois de 1º de janeiro a 11 de julho de 2020 foram registrados 8.766 pontos de calor no bioma amazônico, contra 11.273 no mesmo período de 2019. Uma redução de 22% nas queimadas, e não o crescimento propalado falsamente por certas emissoras de TV. O INPE registrou em 2020, em todo o Brasil, 27.900 pontos de calor contra 27.780 pontos em 2019; ou seja, uma variação insignificante de 0,43% (Agro Revenda, 13-7-20).
Em época de estiagem esses pontos de calor aumentam. Surgem com mais facilidade, pois podem ser provocados até mesmo por cacos de vidro ou garrafas plásticas, que funcionam como verdadeiras lentes de aumento e concentração dos raios solares. Nas margens do pequeno trecho da rodovia de São Paulo a Aparecida, peregrinos contaram quatro focos de incêndio. Talvez isso consiga explicar a grande discrepância nos dados referentes à Amazônia, pois satélites ‘analfabetos’ não distinguem incêndios, queimadas, desmatamentos, fogueiras de São João. Além disso, devem-se considerar os incêndios provocados por raios, que são abundantes na Amazônia.
A equipe de ‘inquisidores’ externos, que se dedica a supervisionar as atividades agropecuárias, deveria ter notado que a destruição florestal na Europa disparou 69% (Diário do Poder, 13-7-20); e a revista científica Nature denunciou o crescimento de 69% no desmatamento ligado ao “mercado da madeira”. Ambos tiveram recente expansão, pois desmatamento e madeira caminham juntos. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, no Diário do Poder. Segundo o colunista, imagens de satélite revelam que a área devastada na Europa deve afetar a biodiversidade, provocar erosão e ameaçar fontes d’água. Não por acaso, a madeira da Amazônia rivaliza com esses mercados… e sofre também a vingança.
Países como Suécia, Finlândia, Espanha, França e Alemanha têm as maiores áreas de florestas da Europa. Na França, o desmatamento cresceu 30%. Estudo coordenado pelo cientista Guido Ceccherini, do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia em Ispra, Itália, concluiu que em Portugal o desflorestamento cresceu 56%.
Terá alguém ouvido alguma manifestação de Merkel, Makron, Greta Thunberg ou autoridades vaticanas sobre tudo isso? Alguém poderia sugerir a tais personalidades mais conhecimento de causa, amor à verdade e respeito pelo Brasil, pois preservamos 70% das florestas, enquanto na Europa esse percentual mal chega a 30%, mesmo incluindo áreas reflorestadas. O agronegócio brasileiro planta em apenas 9% do território e a pecuária ocupa outros 16%. Portanto, apesar de nossa grande produção se concentrar em apenas 25% do território, com ela alimentamos 1,5 bilhão de pessoas no mundo inteiro. Caminhamos celeremente para alimentar dois bilhões de pessoas, apenas aumentando a produtividade nessa mesma área.
Não se pretende negar que uma parte considerável do desmatamento, incêndio e queimadas seja ilegal, violando nosso código ambiental. O que é ilegal deve ser detectado e punido, da mesma forma que as atividades legais devem ser estimuladas e protegidas.
Foram muito oportunos os esclarecimentos da ministra da Agricultura Tereza Cristina, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo (7-7-20), sob o expressivo título “O Agronegócio não precisa da Amazônia”. Embora o Brasil seja no mundo um dos maiores produtores de alimentos, é também o que mais preserva suas florestas.
Com dados irrefutáveis, ela mostrou que a floresta amazônica não tem aptidão para agricultura; nem para pecuária, em algumas partes. O grande aumento de produção obtido nos últimos anos não se deve a devastação ambiental, mas sim ao uso de tecnologias que aumentaram assombrosamente a produtividade nos territórios já ocupados pela própria agricultura (Entrevista completa disponível no link: estadão.com.br\e\terezacristina).
Um dos maiores líderes do agronegócio brasileiro afirma que os números podem fazer calar certos inimigos falaciosos. Vamos então aos números, extraídos do livro Tons de verde (2018) do Prof. Evaristo Miranda, com atualizações do Boletim da Confederação Nacional da Agricultura: (vide quadro no final).
Avaliando o ‘arsenal alimentício’ do Brasil
A Bíblia nos ensina que Jacó partiu para o Egito com seu povo porque não tinham comida. Os romanos dominaram Cartago para suprir Roma de alimentos. Napoleão foi dominado pelo frio da Rússia, mas a fome teve grande papel na dizimação de seu exército de 600.000 homens.
É fácil constatar que no mundo de hoje predominam potências em vários campos: petróleo, energia, armas nucleares, dinheiro, armas bacteriológicas e psicológicas, tecnologia 5G. Mas é oportuno perguntar qual o real valor de todo esse poderio, caso não exista a alimentação, parte principal de qualquer serviço de intendência. Em outras palavras, estas considerações visam ressaltar a importância dos alimentos na geopolítica atual.
O Brasil de hoje atingiu a condição de potência, como detentor do maior ‘arsenal’ alimentício do mundo. E não precisa disso para chantagear quem quer que seja, nem mesmo como instrumento de poder. Porém, se formos forçados a mostrar a importância desse manancial, poderemos fazê-lo exigindo apenas respeito pelo ‘dono da bola’. É o que se exige nos jogos de bola entre meninos; caso contrário não há jogo.
O Brasil precisa superar o que um jornalista denominou ‘complexo de vira-lata’ — uma referência àquele cachorro sem pedigree que aguenta desaforos e pontapés sem oferecer reação, e sai grunhindo com o rabo entre as pernas, mesmo ignorando o motivo da agressão. Para inverter esse jogo, basta mostrarmos a todos quem é o ‘dono da bola’. Pois a nossa ‘bola’ é indispensável para qualquer ser vivo, e sem ela não há jogo, não há vida.
Sem orgulho, sem mesquinharia, mas altaneiros, temos o direito e o dever de ocupar nosso lugar no concerto das nações. Tudo isso é bonito e fácil de dizer. Mas no mundo real, na prática, como é que se pode conseguir esse resultado? Simplesmente deixando de pensar e reagir como um vira-lata, e passando a negociar na qualidade de ‘dono da bola’.
De vira-lata a dono da bola, a nossa arma pacífica
De acordo com o ensinamento de um economista, em um ambiente onde haja liberdade um negócio só se efetua quando as partes se consideram satisfeitas. Ora, se examinarmos o modo como o Brasil vem sendo tratado a propósito da preservação da Amazônia, não podemos de nenhum modo declarar-nos satisfeitos. Especialmente no que se refere a queimadas, incêndios, desmatamento. Vemos em primeiro lugar que as acusações são injustas, nem sequer podem ser comprovadas; vemos que os acusadores pouco ou nada conhecem dos problemas amazônicos reais; temos presente que uma parte significativa do interesse pela preservação desse nosso patrimônio está relacionada com o bioma, de grande valor para inúmeros efeitos; outra parte do interesse prende-se ao valor incalculável das riquezas minerais.
E a conclusão lógica a propósito de tudo isso é que não podemos concordar com esse modo de nos tratarem. Mas somos os ‘donos da bola’ neste caso, e podemos recusar-nos a fechar negócio com quem insulta, calunia ou pressiona o Brasil; tanto mais quanto muitos mentem com conhecimento de causa, visando desprestigiar-nos ante o mundo para conquistarem ou manterem algum lugar na concorrência. Ou para conseguirem aviltar nossos preços…
Daí a proposta de incluirmos na mesa de negociações o fator sobretaxa. Ou seja, se continuarem a nos acusar injustamente, os produtos brasileiros não lhes serão disponibilizados. Se não cessarem tais acusações, só os cederemos mediante o pagamento de uma sobretaxa em relação ao preço de mercado. O valor da sobretaxa será estipulado pelos brasileiros, os ofendidos, e faremos a avaliação estritamente em função dos prejuízos que nossa imagem esteja sofrendo.
A sobretaxa terá como finalidade específica erguer um sistema eficiente para fiscalizar e punir os transgressores (também recompensar os eficientes que atuam dentro da legalidade, evidentemente), além de incentivar a exploração sustentável. Isso nos daria condições para aplicar corretamente a legislação ambiental existente; e a aceitação da sobretaxa pelos importadores confirmaria sua lealdade e suas boas intenções. Assim estaremos também dando a eles a oportunidade de colaborar em todo esse processo para o qual nos faltam recursos.
Linguagem respeitosa, sem petulância, mas firme. Isso resolve muita coisa.
Enquanto isso, sejamos felizes com as riquezas que Deus nos concedeu. Cultivemos o solo pátrio com o suor do nosso rosto, e afastemos para bem longe a ameaça de escravidão tecnológica, que a propósito da pandemia se apresenta disfarçada como ‘Novonormal’.
No pós-pandemia, uma decisão crucial
O quadro depressivo criado pela pandemia colocou o mundo num momento decisivo. Nosso futuro está ameaçado, e a opção que agora fizermos orientará os séculos vindouros. Queiramos ou não, o que está em jogo para os homens é uma escolha suprema e insofismável para o porvir da humanidade. Uma decisão que se faz entre Deus, onipresente e onisciente, ou Satanás, inimigo revoltoso do Criador e dos homens. O demônio pretende comandar a ferro e fogo as nossas vidas, para afastá-las de Deus. Para isso não lhe faltam asseclas, a cujo alcance pode estar o poderio de toda a tecnologia disponível.
Nessa batalha de Deus contra Satanás, a posição do prezado leitor é importante, e queremos contar com ela para promover o reinado de Jesus Cristo na Terra. Como filhos de Deus, só seremos felizes lutando ao lado d’Ele. O Brasil cristão, ordeiro e pacífico não pode hesitar em escolher por Nosso Senhor Jesus Cristo e pela Cristandade.
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em uma de suas afirmações impregnadas de esperanças, desafiou: “Os céticos poderão sorrir. Mas o sorriso dos céticos (e acrescentamos: a perfídia dos conspiradores) jamais conseguiu deter a marcha vitoriosa dos que têm fé”. Em suma, nosso futuro está marcado no alto do céu pelo Cruzeiro do Sul. Nessa marcha, contamos com a proteção perseverante de nossa Padroeira, a Senhora Aparecida.
Números invejáveis que provocam inveja… e calúnias
● Açúcar – primeiro produtor mundial – com 40% da produção.
● Café – primeiro produtor mundial – com 30% da produção.
● Laranja – primeiro produtor mundial – com 76% da produção.
● Soja – primeiro produtor mundial – com 40% da produção.
● Bovinos – primeiro lugar em rebanho comercial – com 220 milhões de cabeças.
● Feijão – primeiro produtor mundial – com 20% da produção.
● Mamão – primeiro produtor mundial – com 12% da produção.
● Abacaxi – primeiro produtor mundial – com 1 milhão e 800 mil toneladas.
● Goiaba – primeiro produtor mundial – com 424 mil toneladas.
● Castanha do Pará – primeiro produtor mundial – com 45 mil toneladas.
● Palmito – primeiro produtor mundial – com 110 mil toneladas.
● Cachaça – primeiro produtor mundial – com 1 bilhão de litros.
● Sisal – líder em exportação.
● Carne de frango – segundo produtor – com 30% da produção.
● Carne bovina – segundo produtor – com 20% da produção.
● Tabaco – segundo produtor – com 867 mil toneladas.
● Algodão – terceiro produtor – com 25% da produção.
● Milho – terceiro produtor – com 20% da produção.
● Celulose – terceiro produtor – com 20 milhões de toneladas.
● Óleo de soja – quarto produtor – com 12% da produção.
● Farelo de soja – quarto produtor – com 22% da produção.
● Carne suína – quarto produtor – com 11% da produção.
● Mandioca – quarto produtor – com 23 milhões e 700 mil toneladas.
● Equinos – quarto produtor – com 5 milhões de cabeças.
● Coco – quarto produtor.
● Leite – quarto produtor – com 35 bilhões de litros.
● Seda – quinto produtor.
● Manga – sétimo produtor – com 1 milhão de toneladas.
● Hortaliças – produção de 63 milhões de toneladas.
● Frutas em geral – produção de 44 milhões de toneladas.
● Álcool – produção de 30 bilhões de litros anuais.
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