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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Chile vai abolir as Forças Armadas? Putin e Xi Jinping vão imitar?


A contradição da esquerda: abolir as Forças Armadas no Chile; reforçar o Exército na China, Rússia, Venezuela e Cuba.

“Os signatários da Convenção Constitucional do Chile apresentaram na última terça-feira, 1º, uma proposta que visa a abolir as Forças Militares Armadas (FFAA) do país. Em seu lugar, serão instauradas as Forças de Paz e Policiais, subordinadas ao Poder Executivo. O marxista-leninista Gabriel Boric, eleito presidente no ano passado, dará as cartas no Alto Comando do Exército, visto que também ocupará o cargo de Chefe do Estado-Maior.”

A farda lembra valores que são mais que a vida e pelos quais se deve morrer
  • “As Forças Armadas devem se incorporar ao processo de mudanças sociais e políticas, de maneira a permitir que a instituição seja de fato dependente do poder democrático civil”, diz o documento.

Maduro, Putin e Xi Jinping vão imitar o exemplo do Chile?

De acordo com os signatários, as Forças Armadas não devem ser permanentes. “Em toda a História, essas instituições têm feito uso da força para alcançar os objetivos de determinados grupos políticos”, argumentam. “Isso faz prevalecer alguns sistemas, estruturas e poderes, impedindo o exercício de qualquer alternativa democrática.” (1)

***

Excelente conselho a ser dado aos tiranos modernos: ditadura Castro, ditadura Maduro, ditadura do Exército do Povo, na China de Xi Jinping. Boric poderia aconselhar Putin a não invadir a Ucrânia e dissolver as Forças Armadas da Rússia. Poderia também convencer Xi Jinping a extinguir o Exército do Povo. Por que então, falar em abolir as Forças Armadas chilenas?

No Chile, as Forças Armadas são tradicionalmente anticomunistas. Para a revolução chilena, encabeçada no momento pela Convenção Constitucional do Chile, é necessário sufocar a carreira militar.

Maduro, pelo contrário, importa até militantes das FARC e do Irã. Na Venezuela, convém à Revolução comunista ter a seu lado algozes do povo; não são verdadeiros militares, protetores do direito.

O mesmo pensa Putin, quando alinha mais de 100 mil homens na fronteira da Ucrânia: serve aos seus desejos expansionistas, talvez sonhando em reconstituir a URSS.

E a China exige até das grandes empresas um intercâmbio íntimo com o Exército do Povo.

Concluindo

Vejamos o que escreveu o Prof. Plinio em seu livro Revolução e Contra-revolução:

INCOMPATIBILIDADE DOUTRINÁRIA ENTRE A REVOLUÇÃO E A FARDA


A farda, por sua simples presença, afirma implicitamente algumas verdades, um tanto genéricas, sem dúvida, mas de índole certamente contra-revolucionária:

— A existência de valores que são mais que a vida e pelos quais se deve morrer – o que é contrário à mentalidade socialista, toda feita de horror ao risco e à dor, de adoração da segurança, e do supremo apego à vida terrena.

— A existência de uma moral, pois a condição militar é toda ela fundada sobre idéias de honra, de força posta ao serviço do bem e voltada contra o mal, etc.

O “TEMPERAMENTO” DA REVOLUÇÃO É INFENSO À VIDA MILITAR


Por fim, entre a Revolução e o espírito militar há uma antipatia “temperamental”. A Revolução, enquanto não tem todas as rédeas na mão, é verbosa, enredadeira, declamatória.
Resolver as coisas diretamente, drasticamente, secamente more militari, desagrada o que poderíamos chamar o atual temperamento da Revolução.

“Atual”, frisamos, para aludir a esta no estágio em que se encontra entre nós. Pois nada há de mais despótico e cruel do que a Revolução quando é onipotente (*): a Rússia dá disto um eloqüente exemplo. Mas ainda aí a divergência subsiste, posto que o espírito militar é coisa bem diferente de espírito de carrasco.” https://www.pliniocorreadeoliveira.info/RCR01.pdf

(*) Estávamos em 1959, no tempo da URSS, com o despotismo armado da Rússia estalinista a serviço da Cortina de Ferro. Nesse tempo, a China de Mao não havia recebido ainda as injeções de capital, tecnologia do Ocidente, uma Nação de importância secundária no cenário mundial. A China só tomou vulto com a visita de Nixon, os acordos comerciais, a injeção de dólares e know how do mundo livre. https://ipco.org.br/nixon-na-china-1972-uma-analise-uma-previsao-uma-confirmacao-i/

Onde convém à esquerda, são extintas as Forças Armadas. Na China, na Venezuela, em Cuba convém ao comunismo ter a força bruta a seu serviço, o que é muito difirente do verdadeiro espírito militar a serviço do bem.

***

Nossa Senhora dos Guararapes proteja as Forças Armadas brasileiras sempre em defesa da ordem, do direito, da Terra de Santa Cruz.

(1) https://revistaoeste.com/mundo/chile-vai-abolir-as-forcas-militares-armadas/

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Mathias de Albuquerque

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