Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 5 anos — Atualizado em: 9/22/2019, 5:51:35 AM
Realizou-se em Fátima uma conferência católica promovida pela Rede Internacional de Legisladores Católicos.
Pequim tentou impedir a participação do Cardeal Zen (conhecido por sua posição contra o Acordo Provisório) e do ex parlamentar Martin Lee.
Imprensa portuguesa fala dos “espiões chineses em Fátima”
Vários meios de comunicação portugueses também publicaram matérias relatando que agentes chineses estavam em Fátima. A revista semanal Sábado publicou uma matéria de capa intitulada “Espiões chineses apanhados em Fátima”.
Sábado alegou que funcionários da embaixada chinesa haviam montado “uma operação para sabotar a reunião” por causa da presença dos representantes de Hong Kong, e disseram que seu trabalho incluía tirar fotos dos participantes, tentar invadir o Hotel Consolata e seguir alguns participantes. (https://hojemacau.com.mo/2019/09/06/fatima-china-interfere-em-evento-com-presenca-de-cardeal-joseph-zen/)
O cardeal Zen falou no evento sobre liberdade religiosa e relações entre o Vaticano e a China. “Estávamos em uma reunião muito particular e [havia] muitas orações além da reunião, porque estávamos em Fátima. Eles (os comunistas chineses) não tinham nada com que se preocupar”.
Segundo o ex-parlamentar Martin Lee, depois que o pedido da embaixada chinesa foi rejeitado, Pequim sugeriu ter um representante na conferência. “Disseram-me que eles ofereceram o nome de um empresário chinês em Portugal … não um católico, não um legislador, mas um empresário … Então o organizador disse ‘não'”.
Lee disse que os organizadores acabaram aceitando um pedido de distribuição de duas folhas de papel na conferência, sobre a qual o embaixador chinês em Portugal expôs as opiniões de Pequim sobre dois assuntos: o acordo Vaticano-China, assinado em setembro do ano passado, e os protestos em Hong Kong. Kong.
Por quê a China está preocupada com os protestos em Hong Kong?
Kerry Brown, professor de estudos chineses e diretor do Instituto Lau China no King’s College, em Londres, disse que “o principal desafio para a China, porém, é que quase qualquer tipo de lobby ou envolvimento como esse (protestos em Hong Kong) corre o risco de ser visto negativamente e, portanto, é contraproducente”, disse ele.”A China está em um dilema – condenado se tentar influenciar as coisas e condenado se não o fizer”.
Por quê a China está preocupada com a rejeição ao Acordo Provisório com o Vaticano?
O Cardeal Zen, entre os clérigos católicos mais graduados da China, já havia acusado o Vaticano de “vender” católicos chineses do continente para normalizar os laços com Pequim.
O Vaticano assinou em 22 de setembro do ano passado um acordo “provisório”, mas controverso, no qual Pequim e a Santa Sé têm voz na nomeação de bispos católicos na China. A aproximação dividiu os 12 milhões de católicos da China.
Os fatos mostram que Pequim recrudesceu a perseguição aos católicos com a destruição de Cruzes, igrejas. Obriga, também aos clérigos se associarem à igreja patriótica que é controlada pelo PC.
Quanta razão tem o Cardeal Zen, autor de uma dúbia, na qual pede ao Vaticano esclarecer as implicações morais e religiosas do chamado Registro Civil do Clero, imposto pelo PC aos sacerdotes e bispos fieis à Roma.
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Vemos, no Brasil, a midia denunciar as supostas intenções do governo federal em monitorar o Sínodo da Amazônia. Por quê o Vaticano e a midia não denunciam esse fato: China espiona e tenta impedir a presença do Cardeal Zen em Fátima?
Dois pesos e duas medidas?
Fonte: https://www.scmp.com/week-asia/politics/article/3028157/hong-kong-democrat-martin-lee-and-cardinal-joseph-zen-say
Marcos Machado
492 artigosPesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.
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