Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:26:59 PM
O climatólogo James Hansen, célebre pelo fato de ter sido o primeiro a apavorar o mundo com a perspectiva de um aquecimento global de origem humana, abandonou definitivamente a NASA, informou “Le Monde”.
Era da tribuna dessa prestigiosa instituição que ele, qual pontífice em sua cátedra, lançava estarrecedoras previsões climáticas. É verdade que era duramente criticado por colegas cientistas e astronautas que salvaram o nome da instituição.
Na NASA, Hansen dirigiu o Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS), onde foi pego embrulhado no esquema de deturpação de dados climáticos, apelidado de Climategate.
Militante de rua “para salvar o planeta”, ele anunciou num e-mail ao “New York Times“ que deixava o alto órgão científico porque se sentia na “obrigação moral” de se engajar ainda mais na “causa do clima”, explicando “o que a ciência recomenda”.
Em nome da ecologia, ele pretende apertar o governo contra o CO2, pressionar os políticos europeus mais sensíveis à fantasia da mudança climática e levantar obstáculos contra o aproveitamento do petróleo e do gás de xisto.
Para ele, os cientistas objetivos que denunciavam seus procedimentos abusivos e espalhafatosos continuam sendo culpados de “crimes contra a humanidade”.
Na verdade, “nestes últimos anos, ele esgotou suas ideias. Por vezes foi longe demais”, disse seu admirador, o climatólogo francês Jean Jouzel, que trabalhou no Instituo Goddard.
Explicando por que saiu da NASA, Hansen vaticinou que “existe entre os cientistas um acordo universal sobre a urgência imposta por esta crise que é a derradeira (…) se nós queimamos todos os nossos combustíveis fósseis certamente o nível dos mares subirá dezenas de metros… nós herdaremos o clima de Vênus, e algumas partes do planeta tornar-se-ão literalmente inabitáveis com as temperaturas médias anuais superando os 35 °C”.
“Nessas temperaturas, por razões fisiológicas e físicas, os humanos não podem sobreviver, ainda que em condições ideais de repouso e ventilação… Nesse caso, uma pessoa nua deitada tranquilamente ficaria em meio a ventos com força de furacão e seria incapaz de sobreviver. (…) A imagem da Terra que surgirá em algum momento de um futuro distante (…) será a de uma Antártida sem gelo e um planeta desolado sem habitantes… Então, ainda que as temperaturas no Himalaia possam ficar sedutoras, é duvidoso que a maioria possa encontrar condições suficientes nessa região para subsistirem, a menos que exterminem a maioria das outras espécies do planeta”.
Se não fosse um badalado profeta apocalíptico falando, talvez alguém já teria chamado uma ambulância para interná-lo numa casa de repouso. Mas não foi o caso.
P.S.: um cauto amigo mineiro me sugeriu acrescentar esta frase: Pior que psiquiátrico, o problema é de uma ideologia maluca.
Seja o primeiro a comentar!