No momento, você está visualizando COP-30 — Ameaça à Soberania, à Propriedade e à Liberdade
Caravana em Belém

1. Trinta conferências, um fracasso anunciado

Depois de vinte e nove Conferências das Partes (COPs), todas tratando das mesmas questões climáticas e sem qualquer resultado concreto, anuncia-se agora, entre 10 e 21 de novembro, em Belém do Pará, a COP-30. Os discursos são sempre os mesmos; as promessas, idênticas; e os fracassos, cada vez mais evidentes.

O Dr. Evaristo de Miranda recorda que nenhuma das conferências anteriores produziu ações efetivas. O Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, foi o primeiro grande acordo para controlar a emissão de gases de efeito estufa — e resultou em nada. Dezoito anos depois, veio o Acordo de Paris (2015), firmado por mais de 190 países. Prometia limitar o aquecimento global a 1,5°C e criar um fundo de 100 bilhões de dólares anuais para ações climáticas. Nenhuma dessas metas foi cumprida.

Agora, fala-se em triplicar o valor para 300 bilhões de dólares por ano — uma fantasia financeira. Os Estados Unidos se retiraram do acordo durante o governo Trump; a Europa está asfixiada por crises internas; e a China, maior poluidora do planeta, jamais assumiu compromissos concretos. Até mesmo o bilionário e ativista Bill Gates reviu sua retórica, rejeitando o que ele chamou de “perspectiva apocalíptica”, admitindo que as mudanças climáticas “não levarão ao fim da humanidade” e propondo que os recursos sejam empregados em “coisas mais eficazes” para “melhorar a vida em um mundo em aquecimento”.

O nosso manifesto “COP-30 – O Titanic afundou antes de zarpar”, publicado na revista Catolicismo em junho de 2025 e amplamente divulgado pela nossa caravana Terra de Santa Cruz nos estados de Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá, já previa o fracasso da custosa reunião internacional e suas consequências.

Diante desse cenário, impõe-se uma pergunta: até quando o Brasil servirá de palco para uma agenda ideológica global, travestida de ecologia, mas contrária à sua soberania e ao seu desenvolvimento?

2. O espantalho das “mudanças climáticas”

As chamadas “mudanças climáticas” tornaram-se o dogma central de uma nova religião secular, usada para justificar restrições econômicas, políticas e morais. Entretanto, o peso real da ação humana sobre o clima é ínfimo quando comparado às forças naturais: a radiação solar, os oceanos, os ventos e os vulcões.

O Prof. Luiz Carlos Molion, climatologista da Universidade Federal de Alagoas, com mais de quatro décadas de experiência, demonstra que as emissões humanas não têm capacidade de provocar o alegado aquecimento global.

Essa manipulação foi desmascarada no livro Psicose Ambientalista, do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, já em sua 10ª edição brasileira e traduzido para o inglês e o holandês.

Desde a ECO-92, no Rio de Janeiro, o que se vê é uma gigantesca operação midiática, financeira e cultural, que, sob o pretexto ambiental, busca mudar os fundamentos da civilização cristã. Como previu Plinio Corrêa de Oliveira em seu clássico Revolução e Contra-Revolução, trata-se da fase mais avançada da revolução cultural e tribalista, destinada a destruir o que resta da civilização cristã e instaurar uma igualdade absoluta e anticristã.

3. A ofensiva contra a Amazônia

Hoje, essa agenda globalista se manifesta de forma brutal na Amazônia brasileira. Assiste-se a uma verdadeira perseguição aos brasileiros que vivem e trabalham na região, muitos deles com títulos e posses reconhecidas pelo próprio Estado.

Garimpeiros são expulsos, maquinários são queimados, casas e currais são destruídos. As operações são conduzidas com helicópteros e fuzis, em cenas que lembram a truculência dos regimes comunistas. O gado apreendido — patrimônio de famílias inteiras — é embarcado discretamente para Cuba, sem que o governo esclareça quem serão os beneficiários.

O sofrimento é imenso. Em 1º de novembro de 2025, uma notícia veiculada em redes sociais denunciava:

“Vilhena, urgente: o pesadelo continua em Rondônia! Agora é a vez de Jaru. Moradores estão recebendo notificações do Governo Federal para desapropriação de suas terras — e têm apenas 30 dias para deixar tudo para trás.
“Esses dramas humanos são fruto de demarcações injustas, como a da reserva Uru-Eu-Wau-Wau, que têm lançado famílias inteiras na incerteza e na miséria.”

O que está em jogo é mais do que a posse de terras: é o direito de propriedade, é a liberdade econômica, é a soberania nacional.

4. A previsão profética de Plinio Corrêa de Oliveira

Em 1977, o pensador católico Plinio Corrêa de Oliveira denunciava, em seu livro Tribalismo Indígena: Ideal Comuno-Missionário para o Século XXI, a nascente ideologia ecológica e o tribalismo indígena promovidos por correntes teológicas de inspiração comunista. Advertia que tais ideologias seriam usadas para minar a civilização cristã, enfraquecer os Estados nacionais e conduzir o mundo a um igualitarismo primitivo.

Décadas depois, durante o Sínodo da Amazônia (2019), o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) deu sequência a essa denúncia. Promoveu caravanas por vários estados amazônicos, colheu depoimentos de indígenas que rejeitavam o primitivismo e desejavam progresso, e organizou em Roma uma sessão internacional no Hotel Quirinale, com a presença de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, do Prof. Roberto de Mattei, do Prof. Luiz Carlos Molion e do Cacique mapuxi Jonas Marcolino. O evento obteve grande repercussão, com mais de 1,2 milhão de visualizações, e mostrou ao mundo que a verdadeira voz da Amazônia é a que clama por liberdade, desenvolvimento e fé.

5. A doutrina da soberania

Para aprofundar esse tema vital, o IPCO está divulgando atualmente no Brasil o livro Soberania Necessária, do Prof. Roberto de Mattei, renomado pensador católico e historiador. A obra demonstra que a soberania não é uma convenção política passageira, mas uma exigência da própria natureza social do homem. Sem soberania, o Estado se dissolve; e a sociedade, privada de seu princípio vital, cai na desordem e na anarquia.

Assim, a defesa da soberania brasileira sobre a Amazônia não é apenas uma questão política. É um dever moral e patriótico — honrar a Pátria que Deus nos deu e proteger a terra que a Providência confiou à nossa guarda — que tem sua fundamentação no IV Mandamento da Lei de Deus.

6. Conclusão: um apelo à consciência nacional

O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira adverte: a COP-30 não é um simpósio inofensivo. É parte de uma ofensiva mundial contra a soberania do Brasil, contra a propriedade privada e contra a liberdade dos povos. Sob o disfarce ecológico, pretende-se impor ao País uma nova forma de tutela internacional, que fere a dignidade da Nação e ameaça a sua unidade espiritual.

Suplicamos a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, que preserve a unidade católica da Pátria, condição essencial para o cumprimento de sua grande missão providencial. Que Ela ilumine os brasileiros para resistirem a esse Titanic ambiental de falácias e imposturas, e os fortaleça na defesa da Terra de Santa Cruz. Assim seja.

Deixe um comentário