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Plinio Corrêa de Oliveira
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COP21 (Parte II) – raiz ateia, anticristã e anticientífica da proposta ambientalista


Leia aqui a primeira parte da entrevista.

Ativistas ambientalistas na Ucrânia.
Ativistas ambientalistas na Ucrânia.

Catolicismo — O senhor julga que os norte-americanos são mais propensos que outros povos a uma visão objetiva sobre a questão do aquecimento global? Eles são receptivos à mensagem da Cornwall Alliance e de organizações similares?

Calvin Beisner — Comparadas com sondagens realizadas em várias partes do mundo, constata-se que a população americana é mais cética do que a europeia quanto ao “perigo do aquecimento global provocado pelo homem”.

Contudo, eu tenho dúvidas de que tenhamos informações de boa qualidade a esse propósito dos povos da África, Ásia e América Latina. Mas constata-se que os americanos tendem a ser um pouco mais céticos, e possivelmente há uma série de razões para isso.

Por um lado, historicamente a Europa vem sendo muito mais habituada a um sistema burocrático do que os Estados Unidos.

Infelizmente, penso que também nós estamos sendo levados por esse caminho já que, aqui também, a mensagem alarmista serve de escusa à expansão de uma burocracia estatal.

Mas isso é apenas um aspecto do problema. Os Estados Unidos se mantiveram muito mais ativos na fé cristã ao longo do século passado do que a Europa.

O fato de que historicamente nos Estados Unidos dedica-se mais tempo a leitura das Sagradas Escrituras, provavelmente contribuiu a que seu povo seja mais cético sobre um aquecimento global causado pelo homem.

Penso que isso se dá porque o alarmismo sobre o aquecimento global carece de evidência científica sólida e empírica.

Na Rio+20: meditações pelo planeta com incenso e cristais exploram a superstição e afastam do cristianismo (foto Luiz A. Ryff).
Na Rio+20: meditações pelo planeta com incenso e cristais exploram a superstição e afastam do cristianismo (foto Luiz A. Ryff).

Também, esse alarmismo é inerente e intuitivamente incompatível com aquilo que as Escrituras nos ensinam sobre Deus e a sua Criação, e tudo isso é causa desse ceticismo.

A noção de que uma mudança minúscula na composição química da atmosfera — de 28 milésimos de 1% a 56 milésimos de 1% de dióxido de carbono, durante um período de várias centenas de anos — venha a ser a causa de resultados cataclísmicos em termos de aquecimento global (com o derretimento as calotas polares, conjugado com um aumento do nível dos mares e um grande incremento das tormentas meteorológicas e coisas do gênero), é muito inconsistente com aquilo que nos ensinam as Sagradas Escrituras.

Isto é, que a Terra e todos os seus muito diferentes sistemas geológicos e oceanológicos são o produto de um Planejador infinitamente sábio, de um Criador onipotente e de um Sustentador absolutamente fiel.

Lemos no Gênesis (1,31): quando Deus criou tudo, Ele considerou o conjunto “muito bom”. Se eu fosse um arquiteto e projetasse edifícios nos quais, se alguém se apoiasse em uma de suas paredes, e a estrutura daquele edifício ampliasse a pressão do peso do corpo, levando todo o edifício a desmoronar, alguém me consideraria um brilhante arquiteto?

Penso que não. Ora, é injuriar a Deus considerá-Lo tão péssimo arquiteto.

O Dr. Roy Spencer, um dos membros mais antigos da Cornwall Alliance, diretor de pesquisa científica no Centro de Ciência do Sistema Terrestre da Universidade do Alabama e líder da equipe do Programa Satélite Aqua de Sensoriamento Remoto da NASA (que é a fonte de dados de todas as horas de cada dia do ano, sobre a temperatura atmosférica global em todas as latitudes, longitudes e elevações, fonte de dados de temperatura mais abrangente que existe), pensou:

“Bem, os modelos climáticos todos supõem que as nuvens são afetadas pelo aquecimento de superfície, de forma a aumentar esse aquecimento. Eu me pergunto quão verdadeira é essa suposição.”

Então ele projetou alguns testes e trabalhos de observação, utilizando a rede dos satélites de que dispunha e descobriu que o oposto é a realidade.

Que as nuvens respondem ao aquecimento da superfície, minimizando-o, reduzindo-o. E elas respondem ao esfriamento da superfície, também minimizando-o.

Em outras palavras, na realidade as nuvens funcionam como termostato para a Terra.

Rio+20: a religião ambientalista tem até beatas anticapitalistas!
Rio+20: a religião ambientalista tem até beatas anticapitalistas!

Entretanto, todos os modelos catastrofistas pressupõem que as nuvens representavam uma reação positiva. Seu trabalho de observação indicou que há, pelo contrário, reação negativa.

Assim, uma vez mais a fé cristã pode nos abrir olhos para a evidência da observação científica, à qual, de outro modo, poderíamos não prestar atenção.

Catolicismo — Poder-se-ia dizer que foi planejado?

Calvin Beisner — Pode-se dizer isso. Obviamente, o projeto da Criação inteligente é odiado pelos cientistas laicistas, mas eu não acho que se possa fugir dele.

Se não temos nenhum problema em dizer que o conjunto da Enciclopédia Britânica é o resultado de um projeto inteligente, então eu não sei por que poderíamos ter problema em dizer que os próprios seres humanos — bem como o sistema climático — são o resultado de um projeto inteligente.

Uma célula envolve o intercâmbio de uma massa de informações milhões de vezes maior do que a Enciclopédia. Essas informações não surgiram por acaso. Outro exemplo, a ordem interna dos cristais pode se produzir aparentemente por acaso, mas não as informações da estrutura celular.

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Luis Dufaur

Luis Dufaur

1042 artigos

Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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