Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:26:14 PM
A dinastia de três ditadores, a China com o seu apoio cúmplice e o Ocidente com o seu silêncio inexplicável, todos foram insensíveis aos pungentes relatos dos fugitivos que abandonavam a Coreia do Norte.
As execuções públicas e as torturas são ocorrências diárias, conforme testemunham ex-presos diante da Comissão de Inquérito das Nações Unidas que acabou de ouvi-los em Seul, capital da Coreia do Sul.
Eles contaram como os guardas cortaram o dedo de um homem, forçaram presos a comer rãs e uma mãe a matar seu próprio bebê, segundo informou a agência Reuters.
Não obstante tudo isso, foram necessários 50 anos de crimes inomináveis para que a ONU pudesse, afinal, demonstrar algum interesse pelos “direitos humanos” dos infelizes norte-coreanos.
“Eu não tinha ideia (…) eu achei que a mão toda seria cortada na altura do pulso, de modo que fiquei grato por apenas meu dedo ter sido cortado”, disse o mutilado Shin Dong-hyuk, assim punido pelo mero fato de derrubar uma máquina de costura.
Shin, aliás, já nasceu num campo de prisioneiros chamado Campo 14, pois o regime prende a família toda caso não goste de alguém dela. Shin foi forçado a assistir a execução de sua mãe e de seu irmão.
“Eu acho que esta é a primeira e última esperança que resta”, disse ele aos burocratas da ONU.
Há entre 150 mil e 200 mil pessoas nos campos de concentração, muitos deles subnutridos e obrigados a trabalhar até a morte.
Jee Heon-a, 34, descreveu o estado dos prisioneiros no campo de horrores socialista:
“Os olhos de todos eram fundos. Todos se pareciam com animais. Rãs eram penduradas nos botões de suas roupas dentro de um saco plástico”, ela disse. “Eles comiam isso e foi o que eu fiz”.
Jee respirou fundo quando descreveu em detalhes como uma mãe foi forçada a matar seu próprio bebê recém-nascido.
“Foi a primeira vez que vi um bebê recém-nascido e eu estava feliz. Mas de repente, ouvi passos e um guarda entrou e disse à mãe para colocar o bebê de cabeça para baixo em uma bacia com água”, contou.
“A mãe implorou ao guarda para poupá-la daquele sacrifício, mas ele continuou espancando a mulher. Então a mãe, com as mãos trêmulas, mergulhou a cabeça do bebê na água. O choro parou, uma borbulha subiu e o bebê morreu. Uma avó que fez o parto, silenciosamente o levou dali”.
Contudo, Kim Jong Un, o mais recente ditador, não dá sinais de se impressionar pela Comissão da ONU que emitiu um relatório com esses crimes.
Ele não pensa mudar a cruel ditadura comunista instalada por seu pai e de seu avô, com apoio escancarado da China, e o apoio subreptício de muitos líderes ocidentais – civis e eclesiásticos – que falam pelos “pobres”, pelos “marginalizados”, pelos que sofrem injustiça, mas nunca pronunciaram uma palavra que possa incomodar os tiranos socialistas do mundo.
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