Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 5 anos — Atualizado em: 2/8/2020, 8:12:33 PM
O médico, Dr Li Wenliang, que foi um dos primeiros a alertar sobre o surto de coronavírus no final de dezembro — foi silenciado pela polícia — morreu na sexta-feira após ser infectado pelo coronavírus, informou o hospital.
Uma sadia reação, de descontentamento, nas redes sociais chinesas
Apesar do rígido controle da internet na China, “a morte do médico Li Wenliang, de 34 anos, desencadeou um derramamento de tristeza e raiva nas redes sociais, com comentaristas nas redes sociais exigindo um pedido de desculpas das autoridades ao Dr. Li e sua família.
A (última) entrevista ao NYT
“Na semana passada, Elsie Chen, uma pesquisadora do Times trabalhando com nossos correspondentes Chris Buckley e Steven Lee Myers, entrevistou o Dr. Li. Ele pegou o vírus de um paciente e foi hospitalizado quando a Sra. Chen o entrevistou em 31 de janeiro e 1º de fevereiro, através da plataforma de mídia social WeChat.
P – Quando percebeu que esse novo vírus era altamente contagioso? Parecia que você não tinha tomado nenhuma precaução quando foi infectado.
Dr Li: Eu sabia quando a paciente com quem entrei em contato infectou a família dela, e fui infectado logo depois. Assim descobri que era altamente contagioso. O paciente não tinha sintomas, então fiquei descuidado.
P – Por que estava tão desconfiado naquele momento? Você já recebeu alguma notícia ou ouviu alguma coisa?
Dr. Li: Porque já havia pacientes sendo tratados quarentena.
P – Foi no final de dezembro?
Dr Li: Sim.
P – Havia outros médicos que compartilharam a informação e lembraram outros para se protegerem dessa pneumonia misteriosa?
Dr. Li: Houve discussões entre nossos colegas.
P – O que todo mundo estava falando? Como eles avaliaram a situação naquele momento?
Dr. Li: Era que o SARS poderia voltar. Precisávamos estar prontos para isso mentalmente. Tome medidas precações.
O Governo podia ter evitado tudo, se houvesse humildade, sinceridade e transparência
P – Olhando para trás o que aconteceu, você acha que a situação seria muito diferente agora se o governo Wuhan não tivesse impedido você de avisar os outros e compartilhar a informação? Você acha que teria sido melhor se a informação tivesse sido mais pública e transparente, para o público e para os médicos?
Dr. Li: Se os funcionários tivessem divulgado informações sobre a epidemia mais cedo, acho que teria sido muito melhor. Deveria haver mais abertura e transparência.
Fui coagido a me reconhecer como culpado
P – Como se sentiu quando a polícia o acusou de espalhar boatos?
Dr. Li: A polícia acreditava que este vírus não foi confirmado era o SARS. Eles acreditavam que eu estava espalhando rumores. Pediram-me para reconhecer que eu era o culpado.
Senti que estava sendo injustiçado, mas tive que aceitá-lo. Obviamente eu estava agindo por boa vontade. Fiquei muito triste ao ver tantas pessoas perdendo seus entes queridos.
(…) Meu filho mais velho tem 4 anos e 10 meses. O mais novo ainda não nasceu, previsto para junho. Sinto falta da minha família. Eu falo com eles por vídeo.
P – Quanto tempo vai levar para se recuperar? O que planeja fazer depois?
Dr. Li: Comecei a tossir em 10 de janeiro. Levarei mais 15 dias para me recuperar. Vou me juntar aos médicos para combater a epidemia. É aí que estão minhas responsabilidades.
Marcos Machado
492 artigosPesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.
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